As Forças Armadas e a Polícia Federal foram convocadas pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin, para uma reunião marcada para acontecer no próximo dia 01 de agosto. Além dessas entidades, todas as outras fiscalizadoras que vão acompanhar o sistema eleitoral foram convocadas.
De acordo com o TSE, o encontro servirá para que técnicos do órgão possam apresentar “as etapas, métodos, locais e formas de fiscalização” durante as eleições. O convite foi enviado para as entidades no momento em que o presidente Jair Bolsonaro (PL) faz inúmeros ataques ao sistema eleitoral e as Forças Armadas fazem pressão sobre o tribunal.
Durante a semana, assim como publicou o Brasil123, Paulo Sérgio Nogueira, ministro da Defesa, afirmou, durante uma audiência no Senado, disse que os militares não serão revisores das eleições deste ano.
“Em absoluto, jamais, em tempo algum, seremos revisores de eleições”, disse o ministro, completando que “o protagonista é o Tribunal Superior Eleitoral, o protagonista é o povo brasileiro”. Apesar da declaração, o que se tem visto é o contrário, pois as Forças Armadas têm endossado o discurso de Bolsonaro que o processo eleitoral passível de fraudes.
Além disso, Paulo Sérgio Nogueira afirmou que o sentimento é de que as Forças Armadas estão sendo desprestigiados pelo TSE, pedindo, inclusive, mais participação nas eleições.
Durante a sessão do Senado, apesar de ter dito que as Forças Armadas não serão revisores das eleições, o ministro cobrou que o TSE siga as “sugestões” enviadas pela entidade à Corte, como a que pretende implementar uma espécie “votação paralela” em que os votos são computados na urna e também em cédulas de papel.
Outra sugestão é que a Corte garanta um maior incentivo para os partidos participarem dos processos de auditoria e fiscalização do sistema eleitoral – historicamente, as legendas políticas não participam dos processos, que são fiscalizados por órgãos como a Polícia Federal, por exemplo.
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