O Congresso Nacional esticou a folga de carnaval dos deputados e senadores, que agora ficarão, no mínimo, até o próximo dia 27 sem atuar. Hoje, os comandos das principais comissões ainda estão indefinidos, e as agendas das duas Casas estão vazias de 17 a 27 de fevereiro.
Lula busca ampliar base no Congresso com o “centrão”
De acordo com os registros do Congresso, na Câmara, por exemplo, a previsão é que no dia 28 deste mês alguns deputados se reúnam para falar sobre da reforma tributária. No Senado, está prevista somente uma sessão de entrega da comenda de incentivo à Cultura, também no último dia do mês.
Segundo informações compartilhadas pelo jornal “O Estado de São Paulo”, o retorno dos parlamentares depende, em um primeiro momento, das negociações para as presidências das comissões. Hoje, as legendas disputam comissões estratégicas nas duas Casas.
Recentemente, Arthur Lira (PP), presidente da Câmara dos Deputados, se reuniu com os líderes da Casa para tentar fechar um acordo sobre a divisão do comando dos colegiados por onde tramitam os projetos de lei. No entanto, por conta de uma falta de consenso, o acordo ficou para depois do carnaval.
Hoje, o Partido dos Trabalhadores (PT), do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e o Partido Liberal (PL), do ex-chefe do Executivo Jair Bolsonaro, polarizam as disputas pelas principais comissões da Câmara. De acordo com Arthur Lira, o principal colegiado, o de Constituição e Justiça (CCJ), foi reservado para o PT.
Enquanto isso, o PL insiste para comandar a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC), que tem poder para fiscalizar contas do Executivo e acionar o Tribunal de Contas da União (TCU). O PT também está interessado no colegiado, visto que ele tem um papel estratégico.
Já no Senado, de acordo com o “O Estado de São Paulo”, a conversa é classificada como sendo “mais complexa”, pois, por lá, houve uma forte oposição à reeleição do atual presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD). Assim como publicou o Brasil123, o PL lançou Rogério Marinho (RN), que conseguiu 32 votos, enquanto Pacheco teve 49. Hoje, o partido de Bolsonaro espera ficar com a CCJ, mas pode ter de se contentar com a Comissão de Infraestrutura.
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