Números revelados pelo jornal “O Globo” via Lei de Acesso à Informação, nesta terça-feira (31), mostram que o feriado do Carnaval deste ano do presidente Jair Bolsonaro (PL) custou R$ 783 mil aos cofres públicos. O chefe do Executivo passou o período no Guarujá, litoral de São Paulo.
Ao todo, Bolsonaro passou cinco dias na praia. Neste período, informou o jornal, levando em conta transporte terrestre, passagens e diárias, os gastos somaram R$ 783.394,17. Todo esse montante foi gasto com o cartão corporativo.
Mesmo com o valor sendo público, não existem detalhes de como o presidente usou esse dinheiro, pois eles não são informados, visto que a Secretaria-Geral da Presidência, baseando-se no artigo 24 da Lei Acesso à Informação, afirma que a divulgação poderia “colocar em risco a segurança de Bolsonaro e de seus familiares”.
No trecho usado como argumento pela Secretaria-Geral, estabelece-se que “as informações que puderem colocar em risco a segurança do presidente e vice-presidente da República e respectivos cônjuges e filhos(as) serão classificadas como reservadas e ficarão sob sigilo até o término do mandato em exercício ou do último mandato, em caso de reeleição”.
Sendo assim, até o final do mandado de Bolsonaro, não será possível saber com o que o chefe do Executivo de fato gastou o dinheiro. Segundo a Secretaria-Geral, o montante gasto pelo presidente durante o Carnaval pode ser alterado caso ocorram atualizações decorrentes da prestação de contas.
Assim como relatou o Brasil123 recentemente, Bolsonaro tem sido o presidente que mais utiliza seu cartão corporativo. O chefe do Executivo, que defendeu a diminuição dos gastos públicos durante a sua campanha de 2018, gastou mais de R$ 4 milhões somente no intervalo de abril e maio.
Bolsonaro no Carnaval 2022
O presidente curtiu o Carnaval no Guarujá do dia 26 de fevereiro ao dia 02 de março. Na ocasião, ele ficou hospedado no hotel Forte dos Andradas e, durante sua estadia, fez passeios de jet ski em pelo menos três praias da região e ainda passeou pela cidade.
Na ocasião, Bolsonaro foi criticado, pois, enquanto estava de folga, centenas de brasileiros que estavam em meio à guerra na Ucrânia diziam que estavam com dificuldades de sair do país por conta de falta de apoio do Itamaraty.
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