O ministro da Economia, Paulo Guedes, criticou o Fundo Monetário Internacional (FMI) nesta quarta-feira (12). De acordo com ele, o órgão precisa “falar menos besteira”.
A saber, Guedes fez a crítica em relação à declaração do FMI, que afirmou que o gasto social do Brasil durante a pandemia poderia ter sido menor. Em resumo, o órgão disse que o governo federal poderia ter gastado 50% menos do que o montante gasto na pandemia.
“Os benefícios eram três vezes maiores do que o benefício social padrão e mais da metade do salário mínimo nacional”, disse o FMI no relatório Monitor Fiscal. Este documento analisa as contas públicas dos países-membros, como o Brasil.
Para Paulo Guedes, as declarações do FMI são resultado de “erro técnico” do órgão. “Enquanto eles estão puxando a nossa orelha, o Brasil está crescendo mais, a inflação está mais baixa. Não acredito que o FMI esteja de má vontade com o Brasil, acho que é erro técnico mesmo”, disse o ministro da Economia.
“Há seis meses, estava todo mundo dizendo que os brasileiros estão passando fome. Aí o FMI diz que o gasto podia ser menor. Isso que eu falo: o FMI tem que falar menos besteira e trabalhar um pouco mais pra alertar os americanos, os europeus”, afirmou, referindo-se às políticas monetária e fiscal destas regiões.
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Guedes defende a criação do Auxílio Emergencial
Paulo Guedes também defendeu a criação do Auxílio Emergencial no Brasil. Em síntese, o benefício foi pago a dezenas de milhões de pessoas e tinha o objetivo de mitigar os impactos da pandemia no país.
“Nós criamos na urgência do combate ao Covid e acabou virando o Auxílio Brasil permanente agora, e o nosso programa social saiu de 0,4% do PIB pra 1,5% do PIB. É 3x maior, é o maior programa de combate à pobreza e de inclusão social que o país já fez”, exaltou Guedes.
“Se o FMI está achando que a gente gastou muito com programa social, ele não entendeu nada porque nós vamos continuar gastando esse dinheiro com o social”, disse o ministro.
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