O Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu suas projeções para o crescimento da economia brasileira neste ano. De acordo com a entidade, o Produto Interno Bruto (PIB) do país deve crescer 5,2% em 2021. A saber, o percentual ficou 0,1 ponto percentual (p.p.) menor do que o nível da última projeção divulgada pelo FMI, no final de julho (5,3%).
Já para 2022, o FMI reduziu ainda mais as suas estimativas. Em abril, o organismo havia projetado um crescimento de 2,6% no próximo ano, mas reduziu para 1,9% em julho. Agora, a entidade estima um crescimento de 1,5% da economia brasileira no ano que vem. Os dados foram atualizados na edição de outubro do relatório “Panorama Econômico Mundial” (WEO, na sigla em inglês) do FMI.
Com esses recuos, as projeções da entidade agora estão mais próximas da média de estimativas divulgadas por outras entidades e especialistas. Por exemplo, segundo o Boletim Focus, do Banco Central, o PIB do Brasil deve crescer 5,04% em 2021 e 1,57% em 2022.
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Segundo o FMI, a inflação no Brasil deve disparar neste ano. Segundo o Relatório Focus, que divulga as estimativas de mais de cem instituições financeiras do país, a taxa inflacionária deve chegar a 8,59% neste ano. Na verdade, há um consenso da alta inflação do país, confirmada a cada mês pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em suma, o FMI projeta uma inflação de 7,5% para o país neste ano. Isso representa um salto de 4,3 pontos percentuais na comparação com 2020, ano em que a inflação chegou a 3,2% no Brasil. Já para 2022, a taxa deve desacelerar, mas ainda continuar expressiva, chegando a 5,3%.
Por fim, o FMI também destacou a taxa de desemprego do Brasil. Em síntese, a entidade projeta uma taxa de desemprego de 13% até o final do ano no país. A saber, a estimativa vem em linha com as recentes projeções, uma vez que o ritmo de retomada do mercado de trabalho continua lento no país.
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