O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou nesta terça-feira (27) as novas projeções para a economia brasileira. De acordo com a entidade, o Produto Interno Bruto (PIB) do país deve cresce 5,3% em 2021. A saber, o percentual ficou 1,7 ponto percentual (p.p.) maior do que o nível da última projeção divulgada pelo FMI, em abril, (3,7%).
Essa forte elevação fez o FMI reduzir as projeções para 2022 em 0,7 p.p. Assim, o PIB brasileiro deve avançar 1,9% no próximo ano, em vez que 2,6%, como projetado anteriormente. Estes dados foram atualizados na edição de julho do relatório “World Economic Outlook” do FMI.
Apesar do forte avanço do PIB brasileiro nesta edição, o FMI manteve a taxa de crescimento global inalterada em 6%. Por outro lado, o órgão elevou em 0,5 p.p. a estimativa para 2022, ano em que o PIB global deve crescer 4,9%. Vale destacar que o recrudescimento da pandemia da Covid-19, especialmente por causa da variante Delta, foi o principal fator que fez o FMI não elevar as projeções de crescimento da economia global neste ano.
Veja também as estimativas do FMI para outros países
Segundo o FMI, os Estados Unidos devem crescer 7,0% em 2021, em vez de 6,4%, como divulgado na última previsão. Com o acréscimo desse resultado, as projeções apontam para uma alta de 5,6% do PIB combinado dos países desenvolvidos, ante 5,1% da última estimativa.
Em contrapartida, o PIB chinês sofreu leve revisão para baixo de 0,3 p.p. (8,4% para 8,1%). Com isso, a região de emergentes asiáticos teve forte recuo de 1,1 p.p., mas ainda deve crescer fortemente neste ano (7,5%). Já as economias emergentes devem crescer 6,3% em 2021, queda de 0,4 p.p. em relação à última projeção.
Por fim, o FMI afirmou que a melhora para o crescimento do Brasil e do México (5,0% para 6,3%), puxou o resultado da América Latina e Caribe (4,6% para 5,8%). No entanto, o órgão afirma que o ritmo da vacinação contra a Covid-19 precisa se intensificar para fortalecer o crescimento econômico mundial neste ano.
Leia Mais: Índice Nacional da Construção Civil volta a desacelerar em julho