O Fundo Monetário Internacional (FMI) deverá analisar na próxima semana o pedido de empréstimo feito pela Ucrânia. A saber, o país, que vem sendo atacado pela Rússia há dez dias, solicitou um empréstimo emergencial de US$ 1,4 bilhão.
De acordo com o FMI, a expectativa é que este pedido siga para o conselho da entidade na semana que vem. Assim, o órgão poderá aprová-lo em poucos dias.
Além disso, o fundo também revelou que está conversando sobre opções de financiamento com autoridades da Moldávia. Em suma, este país é vizinho da Ucrânia e da Rússia e possui uma economia bastante ligada a ambos os países.
“Embora a situação permaneça altamente fluida e as perspectivas estejam sujeitas a uma incerteza extraordinária, as consequências econômicas já são muito graves”, disse o FMI em seu comunicado publicado neste sábado (5).
Guerra pressiona inflação global
Na véspera, o credor global promoveu uma reunião comandada pela diretora-gerente Kristalina Georgieva. No encontro, ela afirmou que o conflito militar no leste europeu poderá trazer fortes impactos para a economia global. Segundo ela, os países que possuem uma relação mais próxima com a Ucrânia e a Rússia deverão ser os mais atingidos.
“Em muitos países, a crise está criando um choque adverso para a inflação e atividade, em meio às já elevadas altas de preços”, disse Georgieva. Ela ainda disse que as famílias mais pobres deverão sofrer mais. “Se o conflito aumentar, os danos econômicos serão ainda mais devastadores”, acrescentou.
O FMI também afirmou em seu comunicado publicado hoje que os preços de energia e commodities continuam subindo. Como estes itens já estão com valores bastante elevados, há ainda mais as pressões inflacionárias em relação às interrupções na cadeia de suprimentos.
Tudo isso ocorre em um momento de recuperação global da pandemia da Covid-19. Aliás, a Organização para a Alimentação e a Agricultura (FAO, na sigla em inglês), agência de alimentos das Nações Unidas, revelou que os preços dos alimentos dispararam 24,1% em fevereiro e bateram recorde no mês passado.
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