O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou nesta semana os resultados do seu primeiro Teste de Estresse do Sistema Bancário Global. Em geral, o estudo mostrou que os bancos do planeta são resilientes a choques. Contudo, alertou para as vulnerabilidades de economias emergentes.
De acordo com o FMI, os dados “mostram um quadro encorajador de resiliência, mas também a necessidade de monitoramento contínuo e próximo e isso é especialmente verdadeiro em economias emergentes, que ainda têm bolsões de vulnerabilidade combinados com espaço mais restrito para respostas a novos desafios”.
Em resumo, este teste é muito importante para o mundo, pois fornece uma avaliação inédita de possíveis choques e situações difíceis para os bancos. Além disso, o estudo faz projeções sobre os efeitos e repercussões destes choques no sistema bancário.
“É também uma nova ferramenta útil para bancos centrais e reguladores financeiros, para considerar efeitos de choques globais nos sistemas domésticos”, disse o FMI.
O levantamento analisou 25 anos de dados até 2020. A base de teste inclui dados de 257 dos maiores credores de 24 economias avançadas e cinco emergentes. As instituições analisadas respondem por 70% dos ativos bancários de todo o planeta.
O FMI também ressalta que, “em cada economia, o teste de estresse abrange quantas instituições forem necessárias para responder por pelo menos 80% dos ativos dos sistemas bancários individuais”.
Estudo dá panorama global para sistema bancário
Segundo o FMI, o estudo é muito importante, porque dá uma visão global para os bancos centrais. A saber, estas entidades financeiras fazem suas avaliações de acordo com uma visão nacional.
“Isso geralmente coloca mais foco nos riscos domésticos do que no nível total de resiliência global, e os países têm dados e metodologias diferentes para avaliações que podem dificultar a comparação de cenários e resultados de um país para outro”, destacou o FMI.
O estudo revelou que o sistema bancário mundial vem se mostrando mais forte desde a crise de 2008. Contudo, “os bancos em mercados emergentes enfrentam maiores riscos em um cenário adverso, refletindo a maior sensibilidade de seus capitais próprios a choques”, acrescentou.
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