Flávio Dino, ministro da Justiça, pediu nesta terça-feira (07) que a Polícia Federal (PF) investigue o vereador Sandro Fantinel (sem partido), de Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, por conta de declarações suas contra um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) – ele ligou o membro da corte ao crime de pedofilia.
Em entrevista coletiva nesta terça, Flávio Dino afirmou que pediu que o caso do vereador seja incluído nos inquéritos que investigam a propagação de notícias falsas, as famosas fake news, e a organização de atos antidemocráticos pelo país.
A declaração do vereador foi feita em novembro do ano passado enquanto ele participava de uma sessão ordinária na Câmara Municipal de Caxias do Sul. Na ocasião, sem citar nomes ou provas, ele afirmou que um ministro do STF teria participado de uma “orgia” com crianças. Isso, em um outro país.
“Um ministro do Supremo Tribunal Federal participou de uma orgia com crianças fora do Brasil. Como um cara desse vai permitir que sejam criadas leis mais severas para quem comete esse crime aqui dentro? A vergonha começa lá em cima”, disse ele na ocasião.
“Um agente político (vereador do RS) afirma que um ministro do STF participou de ‘orgia com crianças’. Enviarei hoje o discurso à apreciação da Polícia Federal, já que se cuida de crime contra autoridade federal”, começou Flávio Dino nesta terça. “Seguimos lutando todos os dias contra mentiras e agressões”, completou o ministro da Justiça.
Vereador envolvido em outra polêmica
Essa não foi a primeira vez que o vereador esteve atrelado à uma polêmica nos últimos dias. Na semana passada, assim como publicou o Brasil123, esse teceu declarações contra trabalhadores da Bahia. Essas falas aconteceram enquanto ele questionava a repercussão do caso de trabalhadores resgatados em situação de escravidão nas vinícolas da serra gaúcha.
Durante a sessão da Câmara, o parlamentar pediu que os produtores de Caxias do Sul e região “não contratem mais aquela gente lá de cima”, uma alusão aos trabalhadores da Bahia que vão ao local – hoje, a maioria das pessoas que atuam na colheita da uva no Sul partem do estado baiano.
Para o vereador, o correto seria recrutar trabalhadores vindos da Argentina. Isso porque, para o parlamentar, pessoas vindas do país em questão são “limpas, trabalhadores e corretos”. Essa declaração aconteceu um dia após mais de 200 pessoas terem sido resgatadas de um alojamento em Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul.
Assim com publicou o Brasil123, as declarações do vereador foram registradas enquanto ele questionava a repercussão do caso de trabalhadores resgatados em situação de escravidão nas vinícolas da serra gaúcha. Durante a sessão da Câmara, o parlamentar pediu que os produtores de Caxias do Sul e região “não contratem mais aquela gente lá de cima”, uma alusão aos trabalhadores da Bahia que vão ao local – hoje, a maioria das pessoas que atuam na colheita da uva no Sul partem do estado baiano.
Para o vereador, o correto seria recrutar trabalhadores vindos da Argentina. Isso porque, para o parlamentar, pessoas vindas do país em questão são “limpas, trabalhadores e corretos”. Essa declaração aconteceu um dia após mais de 200 pessoas terem sido resgatadas de um alojamento em Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul.
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