A decisão de Jair Bolsonaro de vetar a participação de seu filho, o senador Flávio Bolsonaro, na disputa pela Prefeitura do Rio de Janeiro no próximo ano gerou agitação nas articulações políticas da região. Nesse sentido, Flávio estava empenhado em lançar sua candidatura e havia conquistado o apoio do governador Cláudio Castro, apesar de alguns desentendimentos internos.
No entanto, o sucesso desse projeto sempre esteve condicionado à aprovação de seu pai Jair Bolsonaro. Contudo, em uma reviravolta, na quinta-feira (19), Bolsonaro optou por encerrar essa empreitada, o que pode acabar beneficiando a reeleição de Eduardo Paes.
A decisão de Bolsonaro tem o potencial de impactar significativamente o cenário político no Rio de Janeiro, abrindo espaço para que Eduardo Paes, atual prefeito, consolide sua posição e fortaleça sua campanha rumo à reeleição. Com Flávio Bolsonaro fora da corrida eleitoral, Paes pode se beneficiar do enfraquecimento da oposição e consolidar seu apoio político.
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Saída de Flávio muda o xadrez político do Rio de Janeiro
A retirada de Flávio Bolsonaro da disputa eleitoral também traz mudanças nos planos do governador Castro. Sem a presença do senador, Castro deseja ter mais influência na discussão sobre o candidato do PL. Com isso, ele defende o apoio ao secretário estadual de Saúde, Dr. Luizinho, do PP.
Com a desistência de Flávio, Castro também abre a possibilidade de formar uma aliança com Eduardo Paes. Além disso, os dois têm boas relações políticas, porém enfrentam dificuldades em conciliar interesses futuros na eleição de 2026.
Por sua vez, o prefeito pode perder o apoio do PT, dependendo das negociações sobre os espaços na chapa. Uma vez que o partido do presidente Lula almeja ocupar a vice. Visando uma eventual saída de Paes em 2026 para concorrer ao governo estadual. No entanto, o prefeito deseja ter o seu principal aliado, o deputado Pedro Paulo, do PSD, ocupando esse cargo.
Nesse sentido, Paes planeja manter essa configuração até as vésperas das convenções, visando ter uma carta na manga para atrair outros partidos, caso o cenário eleitoral assim exija. Dessa forma, a dinâmica política do Rio de Janeiro está em constante evolução, e as negociações entre as diferentes siglas e candidatos prometem moldar o panorama eleitoral nos próximos meses.
Bolsonaro explica o veto ao filho
“Nas eleições municipais de 2024 quero ele organizando os palanques nos 92 municípios do Rio, pois o PL tem o projeto de fazer uma grande quantidade de prefeitos e vereadores em todo o Brasil. Então conversamos e ele vai comunicar ao nosso grupo político no Rio que não será candidato à prefeitura. Vamos escolher o melhor nome para disputar a capital com o nosso apoio”, explicou Bolsonaro à Jovem Pan.
Flávio em seguida entendeu o pedido. “Agradeço ao meu líder Jair Bolsonaro pelas palavras e pelo reconhecimento. Seguirei ajudando meu amado Rio de Janeiro e trabalhando por todos os cariocas e fluminenses aqui do Senado Federal.”
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