O senador Flávio Bolsonaro (PL), filho do ex-chefe do Executivo Jair Bolsonaro (PL), afirmou nesta quarta-feira (01), na abertura dos trabalhos do Congresso Nacional, que seu pai estará de volta “daqui a pouco” para liderar sua ala política. Na ocasião, o parlamentar ainda disse para as pessoas deixarem o “cara”, em alusão a seu pai, “em paz”.
“Daqui a pouco ele [Bolsonaro] está de volta, liderando a gente aqui. A gente tem uma eleição importante em 2024, municipal, e pode ter certeza que ele estará muito atuante”, disse Flávio Bolsonaro, que foi questionado inúmeras vezes sobre o seu pai, que ainda não informou uma data para retornar ao Brasil.
Assim como publicado, Bolsonaro viajou aos Estados Unidos um dia antes de encerrar seu mandato, quebrando assim uma tradição, visto que ele não passou a faixa presidencial para o atual presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na semana passada, o ex-presidente fez o pedido de visto para ampliar sua estadia no país.
De acordo com informações reveladas pelo portal “UOL”, o escritório de advocacia AG Immigration confirmou que Bolsonaro abriu um “processo de solicitação de visto e extensão de permanência em solo americano”. Em um primeiro momento, a previsão era de que o ex-presidente voltasse ao país até o final de janeiro, o que não aconteceu.
Nesta quarta, Flávio Bolsonaro também foi perguntado se seu pai está preocupado por conta de investigações ou medo de ser preso – a investigação mais recente que tem como alvo Bolsonaro é sobre os atos de 08 de janeiro, quando apoiadores radicais do ex-chefe do Executivo invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes – Supremo Tribunal Federal (STF), Congresso Nacional e Palácio do Planalto.
“Não tem preocupação nenhuma com as investigações. Não fez nada errado, fez quatro anos de um mandato exemplar, sem corrução, não tem porque ter medo”, garantiu o senador, que ignorou inúmeros casos de corrupção relatados durante a gestão Bolsonaro, como o caso envolvendo o ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, e dois pastores evangélicos —municípios indicados por eles teriam prioridade na liberação de verbas da pasta.
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