O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) atribuiu parte da culpa ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), pelo golpe de 8 de janeiro, onde partidários de Bolsonaro vandalizaram os prédios do Congresso, Palácio do Planalto e STF.
Importante destacar que a declaração de Flávio Bolsonaro ocorreu, neste sábado (28), durante o lançamento da coligação partidária do PL, Republicanos e PP que apoiará o senador Rogério Marinho (PL-RN) para a presidência da Câmara dos Deputados.
Fala de Flávio Bolsonaro
Flávio afirmou que Marinho conseguirá fazer a “pacificação” que Pacheco não soube fazer à frente do Senado. “Vimos tudo acontecer nos últimos meses e talvez [seja porque] quem estava sentado na cadeira de presidente do Senado não teve capacidade de promover a pacificação”, disse o senador.
Em contrapartida, na última quarta-feira (25), a Polícia Legislativa do Senado informou que identificou mais 23 pessoas envolvidas nos atos terroristas de 8 de janeiro que depredaram o Congresso Nacional. Além disso, Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, ficou de enviar à Procuradoria Geral da República (PGR) um pedido para que esses suspeitos sejam investigados.
Retorno de Bolsonaro ao Brasil
Antes mesmo da posse de Lula, mais precisamente no dia 30 de dezembro, Bolsonaro estava hospedado na casa do ex-lutador José Aldo, em Orlando, nos Estados Unidos. Nesse ínterim, segundo informações de amigos do atleta, o ex-presidente pediu ao dono do imóvel que estendesse sua estadia por cerca de um mês até o final do carnaval.
De acordo com Flávio, Jair Bolsonaro entrou com pedido de renovação de visto para permanecer no país. “Está tentando, normal”. “Ele tem que mudar a classificação do visto. Qualquer pessoa que é autoridade e deixou de ser, tem que legalizar essa situação”, disse Flávio.
Vale ressaltar que em reportagem da Folha na semana passada, era cogitado que Bolsonaro, temendo um cerco legal do Ministério da Justiça, estuda opções para ficar mais tempo nos Estados Unidos, podendo se financiar no país dando palestras a empresários. Questionado sobre quando o ex-presidente voltaria, Flávio deixou em aberto: “Pode ser amanhã, pode ser em seis meses, pode ser nunca”.
Pedido de extradição
Depois dos ataques de extremistas bolsonaristas às sedes dos três Poderes da República, congressistas americanos sugeriram a extradição do ex-presidente brasileiro, que está na Flórida desde dezembro. Além disso, comentando sobre essa possibilidade, Flávio Bolsonaro acredita que o país “não fará nada fora da lei”.
“É a extrema-esquerda que faz, nos EUA, o papel da extrema-esquerda daqui. Eles pressionam por questões políticas. Mas acredito que os EUA seja um país sério, que não fará nada fora da lei. Sei que ele foi com visto de presidente e, obviamente, se já não foi convertido, será convertido num visto de turista, que ele tem direito. Ele está descansando”, declarou.
Em suma, Flávio Bolsonaro afirmou não saber se a conversão do visto do pai já havia sido realiza. De acordo com o senador, Jair Bolsonaro está muito tranquilo, está acompanhando à distância o que está acontecendo no Brasil, com consciência tranquila de que fez o melhor para o país.