Flávio Bolsonaro está sendo acusado de desviar dinheiro da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro para a fábrica de chocolates. O mesmo negou as acusações, apesar de haver comprado uma mansão no valor de R$ 6 milhões, quatro vezes mais que o patrimônio declarado em 2018. Segundo o informado pelo Banco de Brasília, foi declarado uma entrada de R$ 3,1 milhões com o financiamento do restante em 360 parcelas, totalizando 30 anos de pagamento. A taxa mínima para esse valor seria de 5,39% ao ano.
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Considerando a administração e a idade do senador, somente a primeira parcela seria o equivalente a R$ 23.222,93. De acordo com a simulação, a renda mínima deveria ser de R$ 46 mil e, neste valor, as prestações iniciais deveriam chegar a custar mais de R$ 18 mil. Isso representa muito mais de 70% da renda de Flávio Bolsonaro, o que levanta ainda mais as suspeitas de desvio. O Jornal UOL publicou uma manchete em que afirmava que o mesmo é acusado por ter funcionários fantasmas e retirar 40% do salário de cada um deles. O BRB é uma instituição comandada por Ibaneis Rocha (MDB), aliado da família Bolsonaro.
A manchete inicial foi publicada pelo Superior Tribunal de Justiça que também retirou todo o sigilo de gastos de Flávio Bolsonaro. O Estadão, jornal criticado pela família do presidente, havia solicitado uma nota de esclarecimento, mas não obteve o retorno desejado.
Quem foi a vendedora de Flávio Bolsonaro?
De acordo com o Manchetes do Dia, a vendedora é a RVA Construções e Incorporações. O CNPJ é 36.764.843/0001-01 e teve a data de abertura no dia 27/08/1991. Nestes quesitos, não foram encontradas irregularidades. O único aspecto que causa ressalvas é o salário do senador não “bater” com os gastos e parcelamentos. O senador recebe apenas R$ 33 mil mensais e possui outros gastos além do financiamento.
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