O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), não vai mudar a política de preço da Petrobras, que hoje baseia o valor dos combustíveis à cotação do barril de petróleo no mercado internacional. A afirmação foi feita nesta quarta-feira (18) pelo senador Flávio Bolsonaro (PL), filho do chefe do Executivo.
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Durante entrevista à “Rede Record”, o senador jogou a responsabilidade de conter a alta dos combustíveis no Conselho de Administração da estatal, dizendo que, se fosse mudar a política de preços da estatal, Bolsonaro já teria feito isso.
“Com certeza, não vai mudar a política de preços. Se fosse para fazer, já teria feito. Grande parte da solução desse problema passa por decisão do Conselho da Petrobras, de pegar parte do lucro que ela tem e fazer com que o preço final da bomba diminua, não sei de que forma”, declarou o filho mais velho do presidente, conhecido como o “Zero Um”.
Ainda durante a entrevista, o senador disse que qualquer interferência na Petrobras causaria instabilidade no mercado, incluindo a variação do dólar e das ações da companhia. “Se a Petrobras muda a política de preços, a consequência é o desabastecimento do Brasil”, avaliou o parlamentar.
Hoje, o senador é o coordenador da campanha à reeleição do pai, que está preocupado com o efeito da alta dos preços na popularidade do seu governo em um ano eleitoral e, por isso, tem proferido ataques à estatal e cobrado redução da margem de lucro da estatal.
Recentemente, assim como publicou o Brasil123, além de dizer que a Petrobras vai “quebrar o Brasil” caso continue aumentando os preços dos combustíveis, o presidente chamou de “Estupro” o lucro registrado pela empresa no primeiro trimestre deste ano.
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