Financiamento para a Energisa no valor de R$ 166 milhões é aprovado pelo BNDES no valor de R$ 166 milhões para a Energisa Tocantins Transmissora de Energia, subsidiária do Grupo Energisa. De acordo com o banco, o crédito será utilizado para a construção de três novas linhas de transmissão da companhia, além de uma subestação situada no estado em questão.
Este investimento possibilitará o escoamento de, aproximadamente, 390 megawatts (MW) de energia oriundo de potencial hidráulico e fotovoltaico da região da divisa entre Tocantins e a Bahia. O crédito contratado equivale a 25% do valor total que será investido pela empresa neste investimento de R$ 660 milhões.
De acordo com o diretor de Crédito à Infraestrutura do BNDES, Petrônio Cançado, “a melhora dos serviços de eletricidade, em termos de segurança, confiabilidade e estabilidade do fornecimento, contribui para a qualidade de vida e dos empregos das populações atendidas”, declarou.
O BNDES também investiu na distribuição de energia elétrica da Energisa. Para ter uma ideia, apenas no mês de fevereiro de 2021, o banco apoiou as iniciativas da distribuidora com uma verba de R$ 1,49 bilhão divididos entre nove distribuidoras do grupo. A Energisa é uma das maiores empresas brasileiras deste setor, responsável pelo controle de 11 distribuidoras e 6 transmissoras por todo o país.
De acordo com o banco, o investimento será capaz de amparar cerca de 500 mil consumidores de energia, além de gerar 1.400 postos de trabalho diretos e 4 mil indiretos durante as obras mencionadas. Durante a fase de operação outros 45 empregos diretos e 150 indiretos permanentes poderão ser consolidados.
O custo agregado ao financiamento consiste no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mais 4,90% ao ano. A empresa terá o prazo de 238 meses, sendo 38 referente ao período de carência e os 200 meses restantes para quitar o débito gradativamente a cada mês com os juros e a amortização.
O investimento da Energisa veio em boa hora, pois o Brasil enfrenta a pior crise hídrica dos últimos 91 anos. A situação crítica levou o ministro da Energia, Bento Albuquerque, a questionar a possibilidade de recorrer ao racionamento de energia.
Em pronunciamento recente ele ressaltou que embora a situação realmente seja grave, por hora, esta atitude ainda não se fez necessária. Porém, ele não descarta a possibilidade de crise hídrica provocar a necessidade de um “monitoramento permanente”.
Para ter uma noção da amplitude dos impactos da crise hídrica, dados apurados e divulgados através do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), indicam que a maior parte das represas do Sudeste e do Centro-Oeste ficarão com menos de 10% da capacidade total de água até o final deste ano.
Considerando as previsões climáticas, dificilmente haverá chuvas o bastante para elevar o nível de água dentro do período de um ano. Isso porque, o nível de sequidão do solo é extremo, o que resulta na necessidade de água em dobro para encher uma barragem.