As condições para buscar um financiamento imobiliário no país não são as melhores em 2022. Isso porque a taxa básica de juro da economia, a Selic, subiu entre março do ano passado e agosto deste ano. E o resultado são os juros lá em cima, dificultando a vida do brasileiro.
A saber, o Banco Central (BC) manteve no final de outubro, pela segunda vez consecutiva, a Selic estável em 13,75% ao ano. Este é o maior patamar dos juros desde novembro de 2016, ou seja, há seis anos que a população não sofria com juros tão elevados.
A propósito, o principal objetivo do BC é frear a inflação através da redução do poder de compra do consumidor, e isso tende a desaquecer a economia. Como a taxa inflacionária desacelerou nos últimos meses, o BC decidiu parar de elevar a Selic. Contudo, não há expectativas de redução da taxa nos próximos meses.
Em síntese, a elevação da taxa Selic impulsiona os demais juros do país. Por exemplo, os setores bancários e imobiliários passam a ter taxas de juros mais elevadas. Isso afeta diretamente a população, que se vê obrigada a pagar mais, uma vez que o crédito fica mais caro no país.
Assim, uma pessoa que deseja comprar a casa própria nos próximos meses precisa saber que o financiamento de imóveis segue mais caro no país. E, como o prazo destes contratos costumam durar muitos anos, os juros mais elevados podem consumir uma boa parte da renda familiar.
Lula e centrais sindicais discutem financiamento de entidades
Selic encarece financiamento de imóveis
Vale destacar que a elevação da Selic limita a oferta de crédito, reduzindo o poder de compra do consumidor. Com isso, a demanda tende a ficar mais fraca, uma vez que a população sofre para manter o mesmo padrão de vida de antes. Então, os preços de bens e serviços passam a variar menos, coisa que o BC deseja.
A Selic mais elevada já vinha assustando quem estava comprando imóvel na planta. Isso porque o tempo entre as assinaturas da compra do imóvel e do contrato de financiamento pode durar, em média, de dois a três anos. Esse intervalo é suficiente para que os juros no país sofram fortes reajustes, e foi exatamente o que aconteceu.
Especialistas alertam aos brasileiros que comprem um imóvel ou iniciem um financiamento imobiliário apenas quando houver condições para pagá-lo. Além disso, advertem para os juros elevados do setor imobiliário, cujos pagamentos costumam durar décadas.
Por fim, a expectativa dos analistas do mercado financeiro é que a Selic não suba mais em 2022. Contudo, a taxa deverá se manter elevada por algum tempo. Para 2023, as projeções indicam que os juros ficarão um pouco menores e deverão encerrar o ano a 11,50% ao ano, mas essa taxa ainda é muito elevada.
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