A contratação de financiamento imobiliário utilizando recursos oriundos da poupança foi responsável por movimentar R$ 17,85 bilhões somente no mês de setembro. No acumulado de um ano, o crescimento foi de 38,2% em comparação ao mesmo mês do ano passado.
Mas também teve uma queda de 15% ao analisar o recorde registrado em agosto. As informações são da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). Com o apoio da instituição foi possível observar que no acumulado de 12 meses até setembro de 2021, os empréstimos para financiamento imobiliário somaram R$ 199,86 bilhões.
Este montante representa uma alta de 94,5% em comparação ao acumulado dos 12 meses anteriores. Ao todo, foram 73,8 mil imóveis financiados somente no mês passado, um aumento correspondente a 75,6% no que compete à comparação anual. Mas ao mesmo tempo nota-se uma baixa de 18,2% na comparação mensal.
Boa parte desses financiamentos imobiliários são realizados pela Caixa Econômica Federal (CEF), que se manteve na liderança com R$ 7.845 bilhões financiados nas modalidades de construção e aquisição no decorrer do mês de setembro. O segundo lugar foi conquistado pelo Itaú Unibanco, com R$ 4.499 bilhões. Em terceiro lugar vem o Bradesco com R$ 2.628 bilhões.
De acordo com a Abecip, o funcionamento do crédito imobiliário por meio do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), se mantém favorável. Esta condição pode ser observada por meio dos 663,25 imóveis financiados entre janeiro e setembro de 2021. Este é o melhor número de toda a história do Brasil após a consolidação do Plano Real.
Casa Verde e Amarela
Hoje, a maior parte dos financiamentos imobiliários são realizados por meio do programa Casa Verde e Amarela. O substituto do tradicional Minha Casa Minha Vida, e ambos têm quase as mesmas características. A única atualização se refere às faixas de renda.
O Casa Verde e Amarela foi criado em 2020, e desde então, o Governo Federal já entregou mais de 350 mil unidades habitacionais através dele. Essas unidades, sejam casas ou apartamentos, podem ser adquiridas mediante empréstimos que são mediados pela Caixa Econômica.
O programa Casa Verde e Amarela foi criado com o propósito de facilitar o acesso a uma moradia digna para população brasileira, assegurando a qualidade de vida. Por esta razão o programa conta com uma série de iniciativas habitacionais voltadas à produção de novas unidades, além de permitir melhorias em determinados imóveis.
O Casa Verde e Amarela é voltado tanto para famílias que residem no perímetro urbano quanto na zona rural, desde que apresentem uma renda mensal de até R$ 7 mil e anual de, no máximo, R$ 84 mil, respectivamente.
O teto dos imóveis comercializados através do programa habitacional não passava por reajustes desde o ano de 2017. Portanto, a atualização foi necessária em virtude da disparidade de critérios de acordo com cada município, tal como o tamanho, população, etc.
Veja como funcionará os valores dos imóveis do Casa Verde e Amarela de agora em diante:
- Municípios com população entre 20 e 50 mil habitantes terão aumento de 10%;
- Municípios com população entre 50 e 100 mil habitantes terão aumento de 15%;
- Capitais e municípios das regiões metropolitanas terão aumento de 10%;
Vale ressaltar que municípios cuja capacidade habitacional é inferior a 20 mil habitantes não sofrerão os reajustes.