O crédito imobiliário com recursos da caderneta de poupança no Brasil totalizou R$ 14,8 bilhões em março deste ano. Esse valor representa um forte recuo de 19,7% em relação ao mesmo mês de 2021 (R$ 18,4 bilhões) e indica o esfriamento do setor imobiliário no país.
Em resumo, a população brasileira vem sofrendo com a inflação elevada há meses. Para segurar a taxa inflacionária, o Banco Central (BC) está elevando os juros há mais de um ano. Aliás, a taxa básica de juro da economia chegou a 11,75% ao ano no mês passado, maior patamar desde abril de 2017.
Esse cenário acaba enfraquecendo o setor imobiliário, pois os juros estão mais caros. Por falar nisso, os juros ficam mais altos para diversos setores, como o imobiliário e o bancário. Isso ocorre para reduzir o poder de compra do consumidor e, consequentemente, desaquecer a economia nacional.
Embora pareça algo negativo para o país, os juros elevados são necessários para reduzir a inflação. Em suma, este termo tão conhecido do mundo financeiro corresponde à variação generalizada e contínua dos preços de bens e serviços. Inclusive, uma inflação controlada permite um crescimento maior da economia.
A Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), responsável pelo levantamento, divulgou os dados nesta terça-feira (26). Em resumo, o indicador se refere às novas concessões do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE).
Veja mais detalhes dos financiamentos em 2022
De acordo com a Abecip, o valor total de financiamentos imobiliários com recursos da poupança chegou a R$ 41,21 bilhões no primeiro trimestre deste ano. Esse valor corresponde a uma queda de 4,7% na comparação com o mesmo período de 2021 (R$ 43,2 bilhões).
Por outro lado, nos últimos 12 meses encerrados em março, o valor financiado para compra de imóveis com recursos da poupança disparou 38,4% em relação aos 12 meses anteriores. Em suma, o montante passou de R$ 147 bilhões para R$ 203,4 bilhões.
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