O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, anunciou que vai trabalhar para concretizar o fim do saque-aniversário do Fundo de garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
A saber, Marinho voltou a fazer críticas sobre a modalidade e declarou que deve trabalhar para pôr fim à mesma.
Ainda mais, em entrevista à GloboNews, o ministro declarou que o Conselho Curador do FGTS não deve mais autorizar novos pedidos de adesão. Assim, muita expectativa fica direcionada para a próxima reunião que deve acontecer no dia 21 de março.
E como ficam os contratos já existentes, para quem já solicitou? Neste caso, eles seguem ativos.
“Devemos acabar com esse formato de saque-aniversário. Os contratos que existem, não vamos criar distorção”, explica o ministro.
Saque-Aniversário
Para quem não está familiarizado, cabe explicar que a modalidade do saque-aniversário permite que o trabalhador retire até 50% do valor disponível no fundo, de acordo com o saldo disponível na conta, no mês do seu aniversário.
De acordo com a Caixa Econômica Federal, 28,6 milhões de trabalhadores recorrem à modalidade. Assim, ao todo, sacam, em média, R$ 12 bilhões por ano.
Ministro não concorda com a finalidade
Segundo Marinho, o saque-aniversário não respeita as duas principais finalidades do FGTS: a proteção ao trabalhador no caso de demissão, e o investimento em habitação.
“O saque-aniversário esvazia, enfraquece o fundo, e cria um trauma. Trabalhadores me ligam, mandam mensagens, dizendo: ‘olha, acaba com esse saque-aniversário, porque entrei nesse engodo’. Quem é demitido não pode sacar o saldo. Deixa o trabalhador na rua da amargura no momento em que ele mais precisa sacar. Ele é opcional, mas está errado”, argumentou o ministro.
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Antecipação do Saque-Aniversário
Vale destacar que diversos bancos passaram a oferecer empréstimos que antecipam o pagamento do saque-aniversário aos clientes.
Dessa forma, o valor é descontado das futuras parcelas do FGTS, que cairiam na conta no mês do saque.
Assim, quando questionado sobre o impacto do fim do saque-aniversário aos bancos, Marinho declarou:
“Problema é dos bancos, não é problema meu. Ninguém mandou emprestar”.
“Estou preocupado com os trabalhadores, não com os bancos. Evidente que nós vamos precisar levantar o volume que existe. Não vamos fazer uma medida que crie um eventual trauma na economia. É nesse sentido que falo aos bancos que não se preocupem. Agora, muito provavelmente os bancos podem encontrar um jeito de segurar a onda”, completou.
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