Nesta quarta-feira, um manifesto de apoio à prática de ‘parcelado sem juros‘ foi divulgado por um consórcio de 12 entidades que representam empresas do setor de comércio, serviços e instituições financeiras. Essa modalidade, amplamente adotada no Brasil, é elogiada por equilibrar os valores entre pagamentos à vista e parcelados
Proporcionando assim aos consumidores uma alternativa vantajosa. O respaldo ao manifesto também conta com a participação do Sebrae, dedicado ao suporte a empreendedores, e da Proteste, uma associação de defesa dos direitos dos consumidores.
Entenda a situação envolvendo o parcelamento sem juros
O comunicado ganha importância no contexto atual, uma vez que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, recentemente enfatizou a necessidade de reduzir parcelamentos de longo prazo como uma medida para combater a inadimplência e reduzir as taxas de juros associadas aos cartões de crédito.
Nesse sentido, Campos Neto destacou os encargos elevados relacionados aos cartões de crédito como um desafio para os cidadãos brasileiros e salientou que parcelamentos estendidos contribuem para agravar essa questão, tornando a promoção do parcelado sem juros uma alternativa digna de consideração para lidar com tais desafios financeiros.
No contexto das conversas voltadas para a reformulação das políticas visando à diminuição das taxas de juros aplicadas no uso do crédito rotativo do cartão, a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), que representa diversos emissores, bandeiras e credenciadoras, submeteu um conjunto de sugestões ao Banco Central (BC).
Resolvendo o problema do “Rotativo”
Entre as propostas apresentadas Pela Abecs, destaca-se a possibilidade de eliminar, parcial ou totalmente, o sistema de crédito rotativo, optando por uma transição automática da dívida para um esquema de parcelamento.
Além disso, também foi sugerida a instituição de um fórum de discussão setorial para explorar potenciais melhorias no método de “parcelado sem juros”. Essas propostas, desenvolvidas com base em um estudo realizado por uma consultoria contratada, foram apresentadas durante uma reunião com o diretor de regulação do BC, Otavio Damaso.
Em um cenário onde as preocupações com a acessibilidade financeira e a carga de juros do crédito rotativo do cartão são crescentes, a Abecs demonstrou um empenho em propor medidas que possam impulsionar transformações no sistema de crédito. A sugestão de substituir o modelo de rotativo por alternativas mais amigáveis, como parcelamentos automáticos, reflete um desejo de proporcionar aos consumidores uma abordagem financeira mais equilibrada e transparente.
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Entidades que assinaram o manifesto
Além do Sebrae e da Proteste, o manifesto também recebeu o apoio de outras organizações renomadas. Entre elas estão a Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados (Abad), a Associação Brasileira de Instituições de Pagamentos (Abipag), a Associação Brasileira de Internet (Abranet).
Além disso, a Associação Brasileira de Academias (ACAD Brasil), a Associação de Lojistas do Brás (Alobrás), Conecta, Parcele na Hora, União dos Lojistas da Rua 25 de Março e Adjacências (Univinco) e a Euroconsumers Brasil, uma entidade também comprometida com a proteção dos direitos dos consumidores. O amplo apoio dessas organizações reforça a relevância do manifesto em prol do ‘parcelado sem juros‘.
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