A equipe do governo eleito, por meio de relatório, sinalizou a necessidade da suspensão imediata da concessão de crédito por meio da modalidade do consignado do Auxílio Brasil, ou uma redução drástica de juros.
Sendo assim, o grupo que coordena os trabalhos de transição deve sugerir ao presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, o fim do empréstimo consignado para os beneficiários do programa social.
Fim do consignado do Auxílio Brasil
De acordo com informações de bastidores, a suspensão do consignado do Auxílio Brasil é tido como uma medida prioritária para os primeiros 100 dias de governo.
Em resumo, o relatório aponta que o crédito consignado compromete a renda familiar e se configura como uma desproteção social futura. Isso porque se porventura o cidadão perde o benefício por algum motivo, ele segue com as parcelas do empréstimo que devem ser honradas.
Prioridades
O grupo de transição também tem como prioridade para os 100 primeiros dias de governo a manutenção do Auxílio Brasil em R$ 600.
Na verdade, o programa voltará a se chamar Bolsa Família a partir de janeiro.
Além disso, deve ocorrer a retomada da Faixa 1 para o programa Minha Casa, Minha Vida. A saber, a modalidade permite o financiamento de imóvel para pessoas com renda máxima de R$ 1.800.
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Consignado do Auxílio Brasil
Para quem não acompanhou, cabe mencionar que as regras anunciadas pelo governo indicam que o valor da renda que poderá ser comprometida pelos beneficiários do Auxílio Brasil é de 40%, sendo que até 35% poderá ser utilizado para o empréstimo pessoal e 5% para saques e despesas do cartão de crédito consignado.
Ainda mais, o texto impõe um teto de 3,5% ao mês nos juros do empréstimo com desconto em folha. O valor da parcela será de no máximo R$ 160.
Para efeitos de comparação, veja outras modalidades de consignado, com taxas de juros menores:
- Para trabalhadores do setor privado: 2,61%;
- Consignado para empregados do setor público: 1,70%;
- Para aposentados e pensionistas do INSS: 1,97%;
- Consignado pessoal total: 1,85%.
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