Jair Renan Bolsonaro, filho mais novo do presidente da república, não foi à Polícia Federal (PF) nesta sexta-feira (17) para prestar o depoimento que ele tinha agendado na corporação, que investiga se ele cometeu crimes de tráfico de influência e lavagem de dinheiro.
Assim como publicou o Brasil123, o inquérito que investiga o filho de Jair Bolsonaro (PL) foi aberto em março deste ano após um pedido do Ministério Público Federal (MPF), que se baseou em denúncias feitas por parlamentares de oposição ao governo.
De acordo com a “TV Globo”, agora, a oitiva de Renan Bolsonaro deverá acontecer na próxima semana. Segundo advogado Frederick Wassef, que defende o filho do presidente, a falta aconteceu porque o depoente “está de cama e tomando antibiótico entre outros medicamentos”.
“Ele foi vítima desta nova virose que se espalhou pelo Rio de Janeiro e São Paulo”, afirmou Wassef, que ainda completou que o inquérito faz parte de “atos coordenados para atingir o presidente Bolsonaro” e que Jair Renan não recebeu vantagens indevidas.
Investigação da PF
A Polícia Federal quer saber se Renan Bolsonaro atuou a favor da empresa dele junto ao governo federal. De acordo com a corporação, a Bolsonaro Jr Eventos e Mídia foi criada no final do ano passado e a festa de inauguração do escritório teve fotos e vídeos feitos de graça por uma produtora que prestava serviços para o governo federal.
Na ocasião, o filho do presidente postou duas peças de mármore que decoram o escritório. A PF quer descobrir também se Renan Bolsonaro atuou para que o grupo empresarial Gramazini, que faz as peças de mármore, conseguisse duas reuniões no Ministério do Desenvolvimento Regional para falar sobre um projeto de construção de casas populares.
À época do começo das investigações, o Ministério do Desenvolvimento Regional afirmou que as reuniões foram marcadas a pedido de Jair Fonseca, um assessor especial do presidente da República. Nelas, participaram Renan Bolsonaro, o parceiro comercial dele, Allan Lucena, e também um sócio da Gramazini.
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