Carlos Bolsonaro (Republicanos), vereador do Rio de Janeiro, propôs na Câmara Municipal carioca um projeto de lei que tem como objetivo proibir que as escolas infantis, pública e privada do município, ensinem o “marxismo, socialismo, comunismo, gramscismo e ideologias afins”.
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Segundo o parlamentar, o projeto, que ainda não tem data para ser votado, foi proposto porque apresentar esses temas para crianças e adolescentes seria comparável a um “estupro intelectual”. “Aliciar crianças e adolescentes ao massacre e fome futuros por meio de ilusões coloridas, lúdicas e romanceadas chega a ser comparável ao estupro — neste caso, o intelectual”, publicou neste sábado (16) o vereador, filho do presidente Jair Bolsonaro (PL), em sua conta do Twitter ao anunciar o projeto.
De acordo com Carlos Bolsonaro, a ideia é que os assuntos não sejam abordados em provas, testes, trabalhos pedagógicos, em sala de aula ou fora dela, sendo que, em caso de descumprimento, a penalidade poderia variar de advertência e suspensão, por dez dias, do alvará de funcionamento das escolas.
Para o vereador, a questão é grave e urgente. “Caso nada seja feito, podemos acabar contribuindo, por inação, para tempos muito difíceis pela frente, frutos da malícia de homens fracos, invejosos e que não têm mais nada em seus corações e mentes a não ser a locupletação por meio da escravização de todos”, afirma ele.
Outra proposta
Essa não foi a primeira vez que um filho do presidente propõe um projeto parecido. Em 2020, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) apresentou um projeto que tinha como objetivo criminalizar a apologia ao nazismo e ao comunismo, proibindo qualquer referência a pessoas, organizações, eventos ou datas que simbolizem as duas correntes.
Na ocasião, o deputado afirmou que o projeto visava “impedir genocídios, que são o resultado do nazismo e do comunismo, assim como o código penal criminaliza o assassinato individual ao prever o crime de homicídio”. Passados dois anos, o projeto ainda não foi examinado por nenhuma comissão da Câmara dos Deputados.
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