Renata Senna, filha do ex-lavrador Renê Senna, assassinado em 2007 após ganhar na Mega-Sena, ganhou na Justiça o direito de receber metade da herança de seu pai. Hoje, a fortuna da vítima está avaliada em cerca de R$ 43 milhões.
A decisão foi dada no último mês, mas só foi liberada à imprensa nesta segunda-feira (15). De acordo com o Superior Tribunal de Justiça (STJ), a herança já pode ser depositada na conta da mulher, que é considerada herdeira legítima do milionário. Isso, todavia, apenas depois do recolhimento dos impostos.
Como relatado, o homem morreu em 2007. Passados quase 15 anos, essa será a primeira vez que a herança dele será movimentada.
Fim da briga pela herança
A discussão sobre a herança de Renê Senna teve fim em junho deste ano, quando o STJ negou um recurso da defesa de Adriana Ferreira Almeida, viúva condenada a 20 anos de prisão pelo homicídio do marido.
Na ação, ela queria validar o testamento que daria a ela o direito a metade da fortuna. Todavia, o tribunal entendeu que o milionário foi manipulado por Adriana, que tinha planos de matar o marido.
Sendo assim, o STJ entendeu que o testamento que valia, de fato, era o feito anteriormente. Nele, Renê afirma que a outra metade de seus bens deveriam ser entregue aos seus nove irmãos.
Como Adriana ainda pode recorrer, os irmãos da vítima ainda não podem receber a quantia, diferentemente da filha de Renê Senna, que já pode usufruir do dinheiro conquistado pelo pai em 2007.
O assassinato de Renê Senna
O ex-lavrador foi morto a tiros em janeiro de 2007 em Rio Bonito, no Rio de Janeiro. De acordo com as investigações, a morte foi encomendada pela viúva depois que ela ouviu de Renê Senna que ficaria de fora de seu testamento, pois, segundo ele, a mulher estaria o traindo.
No ano passado, depois que todos os recursos se esgotaram, a mulher foi condenada aos 20 anos já mencionados na matéria. Ao todo, ela cumpriu quatro anos da pena, contando o período em que ficou presa preventivamente, antes da sentença.
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