A fila de espera do Auxílio Brasil voltou a subir, mesmo após o Ministério da Cidadania ter zerado a lista no início deste ano.
Para quem não está familiarizado, o programa social que substituiu o Bolsa Família desde novembro de 2021, é pago atualmente a pouco mais de 18 milhões de famílias, com uma parcela mínima de R$ 400.
De acordo com os dados do Cadastro Único do governo federal, utilizado para a inclusão no Auxílio Brasil, um total de 3 milhões de famílias vulneráveis, em situação de pobreza ou extrema pobreza, que seriam aptas a receber o pagamento, estão fora do programa.
Quem pode sair da fila de espera do Auxílio Brasil?
É preciso, além de estar no Cadastro Único, também estar na condição de extrema pobreza ou situação de pobreza.
Além disso, segundo o Ministério da Cidadania, para ser incluído ao programa, a principal regra é a renda mensal por pessoa, que significa quanto cada integrante ganha por mês, dividido pelo número de pessoas da família.
- Se a renda mensal por pessoa for de até R$ 105,00 (situação de extrema pobreza), a entrada no programa pode acontecer mesmo se a família não tiver crianças ou adolescentes.
- Se a renda por pessoa for de R$ 105,01 até R$ 210,00 (situação de pobreza), a entrada só é permitida se a família tiver, em sua composição, gestantes, crianças ou adolescentes.
- Se a pessoa estiver em uma das situações precisa se inscrever no CadÚnico e aguardar a análise de um sistema informatizado, que avalia todas as regras do programa.
Mas a entrada no Auxílio Brasil não é automática, uma vez que o governo federal analisa os cadastros e o limite orçamentário do programa.
Números do programa social
Vale destacar que o número de famílias atendidas pelo Auxílio Brasil passou de 14,7 milhões em outubro de 2021 para 18,06 milhões em abril deste ano.
Com 8,5 milhões de famílias beneficiárias, a Região Nordeste é a que concentra o maior número de contemplados pelo programa de transferência de renda do Governo Federal.
Em seguida, vêm Sudeste (5,2 milhões), Norte (2,1 milhões), Sul (1,2 milhão) e Centro-Oeste (926 mil).
O estado com maior número contemplados é a Bahia, com 2,2 milhões de famílias beneficiárias.
Na sequência aparecem São Paulo (2,1 milhões), Pernambuco (1,44 milhão), Minas Gerais (1,42 milhão) e Rio de Janeiro (1,34 milhão).
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