A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) afirmou nesta quarta-feira (26) que fará parte do grupo de empresários e entidades que apoia o manifesto em defesa das urnas eletrônicas e da democracia no Brasil.
Na manhã desta quarta, o documento, que foi criado por ex-alunos da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), tinha um pouco mais de 2,7 mil assinaturas. Todavia, o número de assinaturas disparou e já está em mais de 70 mil após o ato ter sido liberado na internet.
Em nota, o presidente da Fiesp, Josué Gomes da Silva, afirmou que a federação decidiu apoiar o manifesto “até pela lógica e pela defesa da democracia e do estado de direito”. No documento, a Fiesp afirma que “não há economia de mercado sem segurança jurídica”.
“Sem democracia e estado de direito não há desenvolvimento”, afirmou na nota Josué Gomes, que é filho de José Alencar, empresário que ocupou o posto de vice-presidente nos dois mandatos de Lula, de 2003 a 2010.
Josué Gomes assumiu a presidência no lugar de Paulo Skaf e tem mudado o rumo político da entidade, visto que o antigo presidente da federação era aliado ao chefe do Executivo, Jair Bolsonaro (PL), e apoiou abertamente o impeachment de Dilma Rousseff (PT) em 2016.
De acordo com as informações, o presidente da Fiesp sempre foi tido como “vice dos sonhos” de candidatos como Geraldo Alckmin (PSB) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Hoje, ele é visto como coringa para um eventual governo de Lula, tendo pessoas que defendam que ele ocupe o posto de ministro da Economia.
Josué Gomes é o nome coringa porque, em tese, o nome favorito para o cargo é o de Fernando Haddad (PT). No entanto, o petista só assumirá o eventual cargo de ministro caso perca as eleições para o governo de São Paulo – hoje, ele lidera as pesquisas de intenções de votos.
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