Números revelados pela Caixa Econômica Federal mostram que, em 2022, mais de 2,91 milhões de pessoas foram beneficiadas no Brasil com financiamento de projetos de habitação, saneamento básico e infraestrutura urbana, utilizando recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
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Esses dados foram publicados nesta quarta-feira (26) em uma reportagem do jornal “Folha de S. Paulo”, que mostrou que, dos R$ 83,788 bilhões destinados pelo conselho do fundo para investimentos em projetos habitacionais, de saneamento e infraestrutura urbana ao longo de 2022, R$ 65,309 bilhões foram executados, isto é, 78% do valor total autorizado.
A área habitacional apresentou uma execução de 89%, somando um investimento de R$ 61,626 bilhões do orçamento total de R$ 68,870 bilhões. De acordo com a reportagem, esses investimentos acabaram impulsionando a criação de 2.094.408 empregos e beneficiou 383.366 famílias.
Conforme os dados, no segmento habitacional popular, foram produzidas 370.826 unidades habitacionais, com uma execução de R$ 58,70 bilhões. Segundo a reportagem, um dos destaques foi a execução para as menores faixas de renda, o que inclui o Grupo 1, com rendimentos de até R$ 2.400, e o Grupo 2, com rendimentos entre R$ 2.400 e R$ 4.400.
Já em relação ao Pró-Cotista, a linha de financiamento habitacional com recursos do FGTS oferecida pelo Banco do Brasil e pela Caixa Econômica Federal, foi executado 82% do orçamento destinado. Nesse sentido, revelou o jornal, ao longo do ano passado, foram investidos cerca de R$ 2,886 bilhões, o que atendeu a 12.540 famílias e gerou 101.967 empregos. Todavia, a execução do montante destinado a projetos de saneamento básico alcançou, em média, somente 37% do total previsto, o equivalente a pouco mais de R$ 1,739 bilhões dos R$ 4,70 bilhões destinados.
O programa Saneamento Para Todos foi criado em 2005, durante a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com foco em melhorar as condições de saúde e a qualidade de vida da população urbana e rural, disponibilizando financiamento para empreendimentos do setor público ou privado.
Em entrevista ao jornal citado, o coordenador-geral de Gestão do FGTS e Colegiados, do Ministério das Cidades, Rogério Borges Marques, relatou que está otimista com relação aos investimentos em saneamento, destacando que, em 2022, já começou a observar o reflexo das medidas do Marco Legal do Saneamento.
De acordo com o coordenador, ele acredita que em 2023 a execução será ainda maior, especialmente nos projetos que contaram com a participação da iniciativa privada, beneficiando aproximadamente 1.779.759 pessoas em todo o país.
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