O próximo ano pode marcar a conquista da sua casa própria. Afinal, hoje em dia existem diversas linhas de financiamento que ajudam os consumidores a realizar esse sonho. Uma das modalidades mais recentes, o FGTS Futuro, também permite a compra da casa própria de forma bastante facilitada, reduzindo o valor das parcelas. Apesar disso, é preciso levar em conta os riscos da modalidade.
Por isso, hoje vamos entender de forma definitiva como funciona o FGTS Futuro e como você pode usá-lo da melhor maneira possível para comprar a sua casa própria. Vale lembrar que cada caso precisa ser estudado separadamente para saber se vale a pena aderir a essa modalidade.
As regras do FGTS Futuro
O FGTS Futuro é um programa que usará as parcelas do fundo de garantia do trabalhador, ainda não depositadas, para abater as parcelas do financiamento. Na prática, funcionará como um empréstimo consignado, mas que vale apenas para quem está comprando a casa própria e somente com os valores do fundo de garantia.
O programa, contudo, busca ajudar apenas as pessoas de baixa renda, com rendimentos brutos de até R$2.400 por família. Além disso, o valor do FGTS Futuro pode cobrir até 80% da parcela. Com isso, se a prestação do imóvel ficar em R$600,00, o trabalhador poderá usar até R$480 do fundo de garantia todos os meses para cobrir essa dívida. Os R$120 faltantes saem da renda comum do trabalhador. Dessa forma, é esperado que o programa aumente os financiamentos pelo Casa Verde e Amarela, além de aliviar o bolso dos trabalhadores.
Apesar disso, a medida levou preocupação para os especialistas. Isso porque em caso de demissão, o trabalhador precisará arcar com a totalidade da parcela. No exemplo acima, o trabalhador, empregado, paga R$120,00 com o FGTS futuro. Contudo, em caso de demissão, passaria a pagar os R$600 todos os meses. Além disso, vale lembrar que o trabalhador receberia apenas os 40% da multa que o empregador paga, dado que o saldo do FGTS estaria praticamente zerado.
Como usar essa linha de financiamento?
Segundo a Caixa, a modalidade do FGTS Futuro entrará em vigor a partir do dia 8 de janeiro de 2023. Com isso, já no início do ano, muitas pessoas conseguirão realizar o sonho da casa própria. Apesar disso, é preciso muito cuidado ao aderir a essa linha de crédito.
Isso porque antes de aderir ao FGTS Futuro, o cidadão precisa estar com as contas em dia e as finanças pessoais saudáveis, principalmente por conta do risco de demissão. Vale relembrar que arcar com as parcelas integrais, sem emprego e sem o FGTS é um risco muito grande para quem não tem estabilidade de emprego na iniciativa privada. Além disso, esse fator pode complicar a vida de quem quer trocar de emprego ou abrir o próprio negócio. Por isso, para a grande maioria das pessoas, a medida não vale a pena, mas, como dissemos, é preciso analisar os casos individualmente.
Para quem tem salários maiores e não se encaixa no FGTS Futuro, os cuidados são os mesmos. Isso porque arcar com o parcelamento de uma casa é uma dívida de longo prazo e, por isso, todos os riscos precisam ser considerados.