Fernando Haddad, ministro da Fazenda, negou neste sábado (15) que tenha conversado com o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre um eventual decreto que tenha por objetivo conceder descontos para eletrodomésticos que fazem parte da linha branca.
“Não falamos, não [sobre o assunto]. Não houve encomenda nenhuma para nós, nem sei se haverá, para falar a verdade. Não falamos disso, até achei que ele poderia tocar no assunto. Não houve nenhuma demanda”, disse ele em entrevista coletiva.
Assim como publicou o Brasil123, no meio da semana, Lula revelou o desejo de baixar os impostos da linha branca. Na ocasião, o petista disse ter falado para Geraldo Alckmin, seu vice: “Que tal a gente fazer uma aberturazinha para a linha branca outra vez?”.
“Facilitar a compra de geladeira, de televisão, de máquina de lavar roupa. As pessoas, de quando em quando, precisam trocar os seus utensílios domésticos. Quando a geladeira velha tá batendo, não tá gelando a cerveja bem, e tá gastando muita energia, você tem que trocar. E, se está caro, vamos baratear, tentar encontrar um jeito”, afirmou Lula.
Segundo Fernando Haddad, desde a declaração, ele se reuniu com Lula, mas o assunto não esteve em pauta. Em 2009, durante o seu segundo mandato como presidente, Lula lançou um programa que visava a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de itens da linha branca. Passados os anos, o petista pretende repetir a dose, que culmina em preços mais baixos para o consumidor.
Nesse sentido, caso a redução realmente seja confirmada, os principais eletrodomésticos impactados serão:
- Geladeira;
- Fogão,
- Micro-ondas;
- Refrigerador;
- Ar-condicionado;
- Forno elétrico;
- Cafeteira;
- Torradeira;
- Aparelho purificador de água;
- Máquina de lavar roupas;
- Secadora de roupas
- Tanquinho;
- Máquina de lavar louça;
- Adegas/frigobar.
Como citado, caso confirmado, essa não será a primeira vez que o governo Lula concede incentivos para a compra dos eletrodomésticos de linha branca. Durante seu segundo mandado, o chefe do Executivo determinou a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre quatro itens da linha branca: geladeiras, fogões, máquinas de lavar roupas e tanquinhos. À época, o Ministério da Fazenda, chefiado por Guido Mantega, concedeu as reduções por um período de três meses. Isso, da seguinte forma:
- O imposto sobre geladeiras caiu de 15% para 5%;
- O imposto sobre fogões caiu de 5% para zero;
- O imposto para máquinas de lavar roupas caiu de 20% para 10%;
- E o imposto para tanquinhos caiu de 10% para zero.
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