O novo ministro da Economia do Brasil, Fernando Haddad, fez nesta segunda-feira (2) o seu primeiro discurso após assumir o posto. Em sua fala, o ministro afirmou que a equipe econômica trabalhará para reduzir o déficit previsto para 2023.
“Não aceitaremos um resultado primário que não seja melhor do que os absurdos 220 bilhões de déficit previstos no Orçamento para 2023”, disse Haddad.
Em síntese, essa previsão se refere ao impacto negativo nas contas públicas neste ano. Aliás, o governo federal enviou no ano passado para o Congresso Nacional, o orçamento de 2023. Contudo, o ministro da Economia afirmou que o governo tentará reduzir o rombo expressivo projetado para este ano.
A saber, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apresentou todos os seus 37 ministros neste domingo (1º). Lista foi formada por 26 homens e 11 mulheres.
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Rombo previsto para 2023 saltou para R$ 231,5 bilhões
Em suma, o orçamento de 2022, enviado pelo governo federal e aprovado pelo Congresso, elevou o rombo das contas públicas em 263,4%. Com isso, o déficit, inicialmente previsto em R$ 63,7 bilhões, saltou para R$ 231,5 bilhões.
Esse forte aumento aconteceu devido à PEC da Transição, que liberou R$ 145 em despesas dos ministérios. Dessa forma, houve a abertura no orçamento através da alteração da regra do teto de gastos.
“Com objetivo exclusivamente eleitoreiro, acabaram com filtros de seleção de beneficiários dos programas de transferência de renda, comprometendo a austeridade desses programas”, criticou Haddad.
“Recentemente, aliás, confessaram o ato, nos pedindo a retirada de dois milhões e meio de pessoas que eles incluíram indevidamente no cadastro do Bolsa Família“, acrescentou o ministro.
A saber, Fernando Haddad criticou o governo Bolsonaro, que elevou significativamente o número de beneficiários do Auxílio Brasil nos últimos meses de 2022.
O maior programa social em vigor no país voltará a ser chamado de Bolsa Família neste ano. Inclusive, a quantidade de usuários deverá cair nos próximos meses, já que o governo Lula afirmou que passará um “pente fino” nas informações dos beneficiários.
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