Escolhido pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para ser o ministro da Fazenda na gestão do petista, Fernando Haddad (PT), ex-prefeito de São Paulo, afirmou nesta terça-feira (13) que será preciso aguardar a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) de Transição para decidir a manutenção ou não do imposto zero dos combustíveis.
De acordo com ele, a PEC é fundamental para que o novo governo possa definir pautas econômicas importantes. Por lei, os impostos federais sobre combustíveis estão zerados até o fim deste ano.
A medida foi tomada pelo atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), durante as sucessivas altas no preço dos combustíveis. Caso o governo não edite uma medida provisória ou aprove um projeto de lei, o imposto volta a existir já no próximo ano.
Nesta terça, Fernando Haddad afirmou que pretende “dar uma olhada no relatório do orçamento” para avaliar a questão. “Temos que esperar também a decisão sobre a PEC da transição”, explicou ele durante uma entrevista coletiva realizada em Brasília.
“Não temos como tomar uma decisão a respeito, preciso da PEC aprovada, do orçamento aprovado”, disse o futuro ministro, explicando ainda que somente depois que as propostas forem aprovadas ele irá levar a Lula uma opinião referente aos impostos federais sobre os combustíveis.
Fernando Haddad anuncia membros da pasta
Durante a entrevista, Fernando Haddad, que preferiu não dizer se é a favor ou não de zerar os impostos federais sobre os combustíveis, anunciou algumas pessoas que irão trabalhar com ele durante sua gestão. Ao todo, foram duas pessoas anunciadas por ele e que farão parte do Ministério da Fazenda; Confira os nomes:
- Gabriel Galípolo: o economista e ex-banqueiro será o secretário-executivo da pasta, sendo considerado o número dois do Ministério da Fazenda.
- Bernard Appy: economista que foi escalado para atuar como secretário especial. Ele irá lidar com a reforma tributária.
Até o momento, Fernando Haddad foi o único ministro anunciado na área econômica. Nos próximos dias, Lula deve anunciar os nomes das pessoas que irão comandar os ministérios do Planejamento, Orçamento e Gestão, por exemplo.
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