Fernando Haddad, ministro da Fazenda, revelou nesta terça-feira (18) que o governo federal firmou o entendimento de que o reajuste da tabela do Imposto de Renda deve ser feito somente após a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma tributária no Congresso Nacional.
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A declaração foi dada por Fernando Haddad em Brasília após ele ter sido questionado sobre o tema. “Só depois da aprovação da reforma tributária sobre consumo, mais pro final do ano”, disse ele, que ainda foi perguntado durante a conversa sobre mudanças na tributação de lucros e dividendos, e do Imposto sobre a renda de pessoa jurídica (IRPJ).
Segundo o chefe da pasta, o tema ainda será tratado pelo Ministério da Fazenda. “Vamos começar as discussões internas na Fazenda, vamos apresentar para a área econômica. Mesmo protocolo que a gente sempre faz para as coisas saírem bem feitas”, disse ele,
Não suficiente, Fernando Haddad também disse que uma possível desoneração da folha de pagamentos deve estar combinada na proposta de reforma sobre a renda. Durante as discussões da reforma tributária, chegou-se a cogitar prever a desoneração da folha no texto. Para Fernando Haddad, seria “muito ruim” essa junção. “Misturar assuntos muito diferentes, vai comprometer a reforma sobre consumo”, disse o ministro.
Tabela do Imposto de Renda foi promessa de campanha
A correção da tabela do Imposto de Renda foi um dos pontos centrais na agenda econômica do novo governo e uma das principais promessas de campanha eleitoral do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Recentemente, o petista voltou a prometer que o valor mínimo para a declaração iria mudar.
Na ocasião, Lula afirmou que a faixa de isenção passará de R$ 1.903,98 para R$ 2.640 e progredirá até chegar a R$ 5 mil. A última vez que a tabela foi atualizada foi em 2015. Por conta dessa falta de correção da tabela, neste ano, por exemplo, pessoas que receberam um salário mínimo e meio precisaram declarar imposto.
“Vamos começar a isentar o imposto de renda a partir de R$ 2.640. E vamos ir progredindo até chegar aos R$ 5 mil. Quando a gente vai discutir imposto de renda, a gente percebe que quem ganha R$ 6 mil paga mais proporcionalmente do que quem recebe mais”, disse o presidente.
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