Quem acompanhou o noticiário político do final de 2021 lembra que, na última semana do ano, o presidente Jair Bolsonaro (PL) tirou férias e partiu para Santa Catarina. Nesta quarta-feira (23), uma matéria publicada pelo jornal “O Globo” revelou que foi o cofre público quem financiou o divertimento do chefe do Executivo.
Segundo o jornal, que afirma ter chegado aos dados por conta da Lei de Acesso à Informação, o presidente da república chegou em São Francisco, cidade localizada no litoral catarinense, no dia 27 de dezembro e, por lá, em uma semana, gastou R$ 900 mil. De acordo com a Secretaria-Geral da República, que não detalhou os gastos, “o valor está sujeito à alteração, caso ocorram atualizações”.
Durante este tempo em que esteve em solo catarinense, Bolsonaro, sempre sem máscara de proteção para a Covid-19, apareceu em público em algumas ocasiões. Em uma delas ele andou de jet-ski no mar, e em outra foi em uma lotérica apostar na Mega da Virada. Não suficiente, o chefe do Executivo até se aventurou no Parque Beto Carrero World, onde fez manobras em um carro.
Neste período da viagem, Bolsonaro foi duramente criticado porque preferiu não interromper suas férias para ir no estado da Bahia, que à época sofria por conta das fortes chuvas que caiam na região e deixavam mortos – 26 pessoas foram a óbito.
A estadia do chefe do Executivo durou até o dia 03 de janeiro, quando ele teve que antecipar o fim de suas férias. Isso porque, após ter comido um camarão na praia e, segundo o médico que o acompanha, não o ter mastigado direito, o presidente acabou tendo uma obstrução intestinal.
Por conta deste fato, o presidente precisou ser levado para São Paulo, onde até cogitou-se a necessidade de que ele precisasse passar por uma cirurgia. No entanto, Bolsonaro se recuperou bem e voltou para Brasília dois dias depois.