O Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, informou nesta quarta-feira (3) que começará a reduzir as injeções na economia norte-americana a partir de dezembro. A entidade financeira também manterá a meta da taxa de juros de referência entre 0% e 0,25%, sem alteração.
A saber, o mercado já esperava por esse anúncio. Na verdade, o próprio Fed já havia alertado na última reunião, em setembro, que o início da redução dos estímulos econômicos estava muito perto. Já em relação aos juros, a alta taxa inflacionária nos Estados Unidos até pressiona o banco a elevar os juros, mas isso ainda não aconteceu.
De acordo com o Fed, os indicadores da economia norte-americana ainda estão se fortalecendo. Ao mesmo tempo, o país segue enfrentando aumentos dos preços mais expressivos e duradouros que o esperado. Diante desse cenário, a expectativa do mercado é que os juros comecem a subir no país assim que os estímulos chegarem de vez ao fim.
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Por falar nisso, o Federal Reserve está fazendo a recompra de títulos públicos desde março do ano passado por causa da pandemia da Covid-19. O objetivo dessa medida era continuar mantendo a economia do país aquecida. Aliás, o Fed faz injeções na ordem de US$ 120 bilhões ao mês desde março de 2020.
Agora, com o anúncio da decisão, o banco começará a redução em dezembro, mês em que a recompra será de US$ 105 bilhões. “O Comitê julga que reduções similares no ritmo de compras serão apropriadas a cada mês” disse o Fed. Em resumo, o banco manterá esse ritmo de reduções, de US$ 15 bilhões. Assim, o Fed encerrará de vez as injeções na economia dos EUA em meados de 2022. E a partir disso que os juros poderão começar a subir.
Por fim, o Fed também ressaltou que, apesar de elevada, a inflação nos Estados Unidos ainda reflete fatores transitórios. Em suma, o banco citou os desequilíbrios entre demanda e oferta como principal causa das altas dos preços. Além disso, o banco ainda afirmou que a recuperação econômica do país ainda depende do avanço da pandemia.
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