O Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, informou nesta quarta-feira (15) que as injeções na economia norte-americana chegarão ao fim em março de 2022. A entidade financeira também projeta três elevações da taxa de juros no próximo ano.
A saber, o Fed havia anunciado no início de novembro que a redução dos estímulos econômicos se iniciaria em dezembro. O ritmo de reduções mensais seria de US$ 15 bilhões até encerrar de vez os US$ 120 bilhões utilizados na compra de títulos. Contudo, a inflação em ritmo acelerado no país fez o Fed aumentar o valor reduzido e, em vez de acabar em meados de 2022, o programa chegará ao fim em março.
Já em relação aos juros, a alta taxa inflacionária nos Estados Unidos continua pressionando o banco. Por isso que o Fed afirmou que deverá elevar os juros três vezes no próximo ano. Em resumo, os avanços deverão ser leves, de 0,25 ponto percentual. No entanto, nesta quarta, o banco manteve inalteradas as taxas de juros do país, entre 0% e 0,25%.
Aliás, a expectativa de analistas é que a inflação no país encerre 2021 em 5,3%. Dessa forma, superará em muito a meta do Federal Reserve para 2021, de 2%. Isso quer dizer que o BC dos EUA apertará a política monetária no país para desaquecer um pouco a economia e segurar a disparada da inflação.
Veja mais detalhes da reunião do Federal Reserve
Vale destacar que juros mais elevados nos EUA tendem a fazer os títulos soberanos do país terem uma rentabilidade mais alta. A saber, esse é considerado o ativo mais seguro do planeta, ou seja, o ingresso de recursos nos EUA devem crescer. E isso fortalece o dólar, que voltou a superar os R$ 5,70 no Brasil.
De acordo com o Fed, a inflação nos EUA deve chegar a 2,6% em 2022. Na última estimativa, o banco acreditava que a taxa ficaria em 2,02% no ano. Isso mostra que o BC norte-americano está menos otimista com 2022. Em contrapartida, o Fed reduziu a projeção para a taxa de desemprego no país em 2022, de 3,8% para 3,5%.
Por fim, o Fed também projeta que o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA cresça 4% em 2022, ante avanço de 3,8% da última projeção.
Leia Mais: Inflação no Reino Unido alcança maior patamar em mais de 10 anos