Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed), banco central norte-americano, disse nesta quarta-feira que a equipe do Fed não está mais prevendo uma recessão nos Estados Unidos e “temos uma chance” de a inflação voltar à meta sem altos níveis de perda de empregos.
Powell disse em entrevista coletiva após um novo aumento da taxa de juros do Fed que “ainda há muito o que fazer” para ver uma aterrissagem suave.
“Portanto, a equipe agora tem a previsão de uma notável desaceleração no crescimento começando no final deste ano, mas dada a resiliência da economia recentemente, eles não estão mais prevendo uma recessão”, disse.
Fed não descarta novo aumento na taxa de juros dos Estados Unidos
Jerome Powell disse ainda que é possível que o banco central norte-americano siga a alta dos juros desta quarta-feira com outra elevação da taxa na reunião de política monetária agendada para setembro.
“É certamente possível que elevemos a taxa de juros na reunião de setembro se os dados justificarem, e eu também diria que é possível que decidamos nos manter estáveis nessa reunião” se for isso que os dados pedem, disse Powell. Ele observou que o Fed tomará decisões sobre a política monetária reunião a reunião.
Powell disse que uma ampla gama de dados será considerada pelo Fed ao deliberar sobre a política monetária.
O afastamento da recessão
O relatório com os dados do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) dos Estados Unidos de junho foi, sem dúvida, uma boa notícia para os investidores e dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).
Contudo, a análise além dos dados de inflação mostra que o risco de recessão não foi totalmente afastado. E, diante dos sinais de que mais cedo ou mais tarde a economia sentirá o aperto monetário, mais de 90% dos CEOs de grandes empresas afirmam estar se preparando para uma recessão nos próximos 12 a 18 meses.