Hoje mais cedo, o Federal Reserve (FED) anunciou a sua decisão em elevar 0,75 ponto porcentual a taxa básica de juros americana, que ficou então em um percentual que vai entre 2,25% e 2,50%, algo que já era esperado pelo mercado.
Segundo o que fora colocado no comunicado do FED: “Os indicadores recentes de gastos e produção se suavizaram. No entanto, os ganhos de emprego foram robustos nos últimos meses e a taxa de desemprego permaneceu baixa. A inflação permanece elevada, refletindo desequilíbrios de oferta e demanda relacionados à pandemia, preços mais altos de alimentos e energia e pressões mais amplas sobre os preços”
Além disso, o comitê do Banco Central americano (FED) reafirmou seu compromisso com a redução da inflação por lá, prometendo que brigará para que a inflação volte ao patamar de 2%.
FED reafirma seu compromisso em trazer de volta a inflação para a meta
Com isso, o comunicado também deixou claro que o comitê avaliará mais informações, como o mercado de trabalho, expectativas do mercado para inflação, os mercados mundiais e os choques inflacionários.
Segundo o próprio presidente do Banco Central americano, Jerome Powell, outro ajuste de mesma magnitude pode, sim, ser necessário. Contudo, essa decisão segundo Powell vai depender dos indicadores que serão acompanhados até a próxima reunião, reforçando que se necessário, o Banco Central continuará aumentando os juros.
Além disso, Powell também foi questionado sobre uma possível recessão, Powell então deixou claro que esses aumentos devem desacelerar a economia. Contudo, reafirmou que o objetivo do Banco Central americano é controlar a inflação com uma espécie de “pouso suave”, ou seja, sem provocar uma recessão.
Powell Reafirma que recessão não deve ocorrer
Ainda segundo suas palavras, Powell diz o seguinte: “Eu não acredito que os Estados Unidos estão em uma recessão. E a razão disso é que há diversas áreas da economia que estão performando muito bem. Apontaria para o mercado de trabalho, principalmente”
Ele ainda segue afirmando a missão do FED: “Vamos estar focados em colocar a inflação para baixo. Nada funciona na economia sem estabilidade de preço”. Nesse sentido, Powell deixa claro sua prioridade quanto a derrubar a inflação.
Com isso, o receio pela recessão em todos os mercados, segue firme, não se trata de uma preocupação pontual, dado que estamos falando do maior nível de inflação para os Estados Unidos nos últimos 40 anos. Com isso, esse tema acaba sendo muito relevante para todos os mercados.
Comunicado cita ainda dificuldades por conta da Guerra envolvendo a Rússia
Além de falar sobre os fatores mais voltados ao mercado interno americano, o comunicado do FED não deixou de lado os acontecimentos que estão ocorrendo na europa envolvendo a Rússia e Ucrânia, dessa forma o comunicado acrescentou que:
“A guerra da Rússia contra a Ucrânia está causando enormes dificuldades humanas e econômicas. A guerra e os eventos relacionados estão criando uma pressão ascendente adicional sobre a inflação e estão pesando sobre a atividade econômica global. O Comitê está altamente atento aos riscos inflacionários.”
Por fim, a decisão já era amplamente esperada e o mercado não foi surpreendido, tivemos movimentos de altas no S&P que avançou 2,89% e uma forte alta na Nasdaq que chegou a subir 4,52%.