As últimas declarações de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, provocaram burburinho a respeito do fim do parcelamento sem juros no cartão. Isso porque em sua fala Campos Neto culpou o parcelamento pelo uso do crédito rotativo.
Entretanto, a Febraban reagiu, afirmando que não haverá o fim da modalidade de parcelar compras sem juros no cartão. Apontou ainda que essa é a principal forma de pagamento que a população utiliza na atualidade. Sendo assim, todos os estudos em relação a mudanças nos juros do rotativo nunca consideraram o fim da modalidade.
Nesse sentido, os dois pontos em questão se referem aos juros abusivos e a relevância da modalidade para o comércio.
Quer entender melhor essa discussão em torno do uso do cartão de crédito e o fim do parcelamento sem juros no cartão? Continue a leitura até o final!
Declarações do presidente do Bacen sobre o fim do parcelamento sem juros no cartão
As declarações de Roberto Campos Neto ocorreram no último dia 10, quinta-feira da semana passada. Nessas afirmações que o presidente do BCB fez, em uma audiência no Senado Federal, ele disse que o juro abusivo do crédito rotativo do cartão é o principal problema do endividamento dos brasileiros. Ainda sugeriu que o endividamento seria consequência das compras com parcelamento sem juros.
A taxa de juros do rotativo do cartão de crédito atingiu a impactante marca de 437,3% anual no mês de junho.
De acordo com o presidente do Bacen, a forma de pagamento, acaba incentivando o gasto mais alto por parte do consumidor, Entretanto, ele reconhece que a modalidade ajuda o comércio. Sendo assim, ele sugere a necessidade de encontrar saídas para o fim do parcelamento.
Nesse sentido, Campos Neto, sugeriu a criação de alguma espécie de tarifa que desincentive o hábito do parcelamento muito longo.
Opinião da Febraban sobre o fim do parcelamento sem juros no cartão
A princípio a federação dos bancos refutou qualquer ideia de acabar com o parcelamento sem juros. Portanto, declarou que não existe nenhuma intenção de pôr fim a esta forma de pagamento. Em uma nota, a federação afirmou que nos modelos que estão em discussão nenhum prevê um cancelamento do produto e nem da sua forma de financiamento.
Por fim, a entidade ainda defendeu a manutenção do cartão de crédito, considerando que o mesmo é um instrumento significativo para o consumo, e que ele preserva o bem estar financeiro dos brasileiros.
A federação defende mudanças que concorram para uma transição gradual.
Opinião do Ministro da Fazenda sobre o uso do cartão de crédito
De acordo com o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é preciso que se olhe a questão dos juros do rotativo com mais critério.
Assim, afirmou que realmente é necessário medidas para proteção dos consumidores, contudo não se pode prejudicar as vendas.
Explicou, então, que não seria uma proibição, mas medidas para induzir uma mudança de atitude nos consumidores. Para que tenham mais disciplina no uso da ferramenta sem prejudicar o consumo.
Por fim, toda a discussão visa buscar um consenso. Soluções que atendam os diversos interesses que passam pelo consumidor, bandeiras, bancos e maquininhas.
Você acredita que o fim do parcelamento sem juros no cartão pode ser uma solução para o endividamento dos brasileiros. Comente conosco.