Os brasileiros que querem visitar a Argentina agora não precisarão fazer nenhuma operação de câmbio. Isso porque o país começará a aceitar pagamentos pelo Pix, tecnologia brasileira que transfere os valores de uma conta a outra de forma instantânea. Para especialistas, locais de fronteira devem ter maior adesão no início, e o processo deve se expandir para os locais com maior circulação de brasileiros.
Atualmente, o país vem chamando a atenção do mundo por ser um destino bastante barato. Isso porque a Argentina passa por problemas na economia e vê no Brasil um forte parceiro comercial. Apesar disso, não será o governo que levará o Pix para o país vizinho.
Pix na Argentina será realidade
Brasileiros estão viajando cada vez mais para a Argentina. Isso porque o país passa por graves problemas econômicos, o que faz com que se torne um destino barato para quem tem moedas valorizadas. Contudo, por conta da desconfiança, comprar peso argentino vem ficando cada vez mais difícil. Por isso, a adesão ao Pix é uma boa notícia.
Quem levará a modalidade para o país vizinho será a Fiserv, uma fintech estadunidense que trabalha com meios de pagamentos. Com a novidade, viajantes não precisarão usar o cartão de crédito, quem tem taxas altas, nem ter que andar com dinheiro vivo na bolsa. A fintech afirma que, ao fazer o Pix, o câmbio acontecerá automaticamente. Além disso, o IOF e as taxas de serviço estarão inclusas no pagamento, o que facilitará ainda mais a vida de quem estiver viajando. Segundo a própria empresa, os pagamentos serão feitos via QR Code e a cobrança acontece em real, diretamente na conta bancária no Brasil.
“Como a Fiserv opera em vários países da região, somos capazes de adaptar tecnologias localmente, melhorando a experiência de nossos clientes e, neste caso, as pessoas que visitam a Argentina“, disse a fintech à Folha de São Paulo.
Vale a pena usar o serviço?
O serviço de fazer pagamentos via Pix na Argentina ainda não está disponível. Contudo, quando a modalidade estiver em vigor, ainda assim será preciso pesquisar. Isso porque, segundo muitos viajantes, os argentinos fazem câmbios com diversas alíquotas, o que pode tornar a alíquota do Pix mais cara que outras possíveis.
Além disso, o fato de os argentinos desacreditarem na moeda do país faz com que haja o câmbio paralelo em pontos específicos da cidade, com taxas ainda mais atrativas. Apesar disso, especialistas alertam para o cuidado que os viajantes devem ter na hora de fazer câmbio em casas não registradas formalmente. Com isso, o Pix será mais uma ferramenta disponível, mas podem existir opções mais vantajosas, como uma conta internacional.