A Confederação Nacional da Indústria (CNI) revelou nesta semana que o faturamento real da indústria de transformação caiu em fevereiro deste ano, na comparação com o mês anterior. A saber, o recuo interrompeu uma sequência de três avanços consecutivos, período em que a indústria acumulou ganhos de 5,7%.
Já na comparação com fevereiro de 2021, o faturamento da indústria tombou 5%.
Da mesma forma, o emprego da indústria de transformação também caiu em relação a janeiro, após três meses de avanço. Em contrapartida, as contratações cresceram 2,9% na comparação com fevereiro de 2021.
A massa salarial não sofreu alteração em relação a janeiro. O resultado sucedeu três meses consecutivos de crescimento do indicador. Na comparação com fevereiro de 2021, a massa salarial cresceu 3,5%.
Indústria precisa melhorar seu desempenho
De acordo com a CNI, a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) da indústria encerrou o mês de fevereiro em um patamar elevado (81%). Vale ressaltar que a UCI está acima de 80% desde março do ano passado, superando a média histórica do indicador. A UCI não apresentou alteração em relação a janeiro, mas cresceu 0,4 ponto percentual na comparação com fevereiro de 2021.
Já o rendimento médio real, que vem apresentando uma trajetória de queda nos últimos meses, recuou levemente em relação a janeiro (-0,1%).
Além disso, a CNI revelou que as horas trabalhadas na produção cresceram 1,4% em relação a janeiro. Aliás, este foi o único indicador a apresentar resultado positivo na base mensal.
Segundo o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, os resultados em fevereiro são preocupantes para a atividade econômica. Em outras palavras, ele afirmou que o desempenho da indústria precisa melhorar para que o setor recupere as perdas registradas em 2020 e 2021 devido à pandemia da Covid-19.
“Esses períodos de crescimento e paralisação não espantam, pois vemos no dia a dia as dificuldades que a indústria tem enfrentado e, por isso, a reforma tributária é tão importante, para criar um ambiente propício ao investimento e desatar algumas amarras do setor produtivo”, disse Azevedo.
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