O Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) revelou que o faturamento do setor mineral brasileiro encerrou 2021 com um crescimento de 62% em relação a 2020. Com isso, o valor total gerado no ano passado foi de R$ 339 bilhões.
Por sua vez, a produção do setor mineral teve um acréscimo bem mais tímido, de 7%. Assim, totalizou 1,15 bilhão de toneladas no ano passado.
Embora a produção não tenha crescido tanto, o faturamento disparou em 2021. Em suma, isso ocorreu devido a forte valorização do dólar ante o real.
Além disso, o presidente do conselho diretor do Ibram, Wilson Brumer, citou a disparada de 47,5% dos preços médios das commodities no ano passado, que também impulsionou o faturamento anual do setor mineral.
De acordo com o Ibram, as exportações do setor saltaram 58,6% em valor, na comparação com 2020. O montante chegou a US$ 58 bilhões. Já o volume das vendas para o exterior cresceram 0,4%, totalizando 372,5 milhões de toneladas.
Dessa forma, o saldo da balança comercial mineral chegou a US$ 48,9 bilhões. Esse valor superou em 50,7% o montante registrado em 2020. Aliás, isso também aconteceu devido à alta dos preços internacionais, mesmo com o fraco crescimento do volume.
Investimentos no setor devem superar US$ 40 bilhões
Segundo o Ibram, o setor mineral vai investir US$ 41,3 bilhões até 2025. Em resumo, US$ 6 bilhões desse valor seguirão para projetos socioambientais. Já os outros US$ 35,3 bilhões serão de investimentos em produção e infraestrutura.
Vale destacar que, do total, US$ 19,41 bilhões já estão em execução, segundo o diretor-presidente do Ibram, Flávio Ottoni Penido. Os US$ 21,95 bilhões restantes correspondem a investimentos programados.
A saber, 25% dos investimentos previstos (US$ 10,18 bilhões) seguirão para Minas Gerais. Enquanto isso, projetos no Pará receberão US$ 7,30 bilhões, valor bastante semelhante ao estimado para a Bahia (US$ 7,34 bilhões).
“Muito pouco do território brasileiro é conhecido. Acredito que com o fortalecimento da Agência Nacional de Mineração e do serviço geológico temos condição de crescer mais e trazer mais investimentos para o setor”, afirmou Penido.
Por fim, o Ibram ressaltou que os segmentos com os maiores volumes de investimentos são: minério de ferro (US$ 12,89 bilhões), bauxita (US$ 6,48 bilhões), fertilizantes (US$ 634 bilhões) e investimentos socioambientais (US$ 6,05 bilhões).
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