A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) estima que o Dia dos Pais movimente R$ 6,0 bilhões em vendas do varejo neste ano. O faturamento representa uma forte alta de 13,9% na comparação com 2020, quando o volume atingiu R$ 5,30 bilhões, menor valor desde 2007 (R$ 4,98 bilhões).
A saber, o aumento expressivo em relação ao ano passado acontece por causa da pandemia da Covid-19, decretada em março de 2020. O início da pandemia derrubou as vendas do varejo, principalmente por causa das medidas restritivas de circulação de pessoas.
No entanto, apesar da melhora, o comércio do país ainda não se recuperou totalmente da crise sanitária, segundo o presidente da CNC, José Roberto Tadros. Aliás, dados de monitoramento do Google Mobility mostram aumento de 39% do fluxo de consumidores entre abril e julho. Contudo, a taxa ainda está 9% abaixo da circulação média de clientes em fevereiro de 2020.
“A desaceleração da Covid-19 a partir de abril devolveu parte do fluxo de consumidores perdido ao longo de toda a crise sanitária. Embora a circulação de consumidores no comércio ainda não tenha se normalizado, especialmente nos shopping centers, a movimentação de clientes vem aumentando desde o arrefecimento da segunda onda”, explicou Tadros.
Apenas 2 dos 13 itens analisados estão mais baratos, aponta a CNC
Segundo o levantamento, a cesta de bens e serviços relacionados ao Dia dos Pais deverá estar 7,8% mais cara que a do ano passado. Isso é resultado da elevação dos preços de 11 dos 13 itens analisados. As únicas exceções foram livros (-1,7%) e aparelhos de som (-1,1%).
Por outro lado, os avanços mais expressivos tendem a vir de televisores (+22,3%), bebidas alcoólicas (+11,8%) e perfumes (+10,5%). A CNC ressalta que, apesar destes aumentos, o destaque do feriado deve ficar novamente com as lojas de vestuário, calçados e acessórios.
“Embora esse segmento ainda não tenha recuperado o ritmo do período pré-pandemia, essas lojas devem faturar R$ 2,43 bilhões, 40,2% do total previsto para este ano”, afirma Fabio Bentes, economista da CNC responsável pelo estudo. Na sequência devem ficar utilidades domésticas e eletroeletrônicos (R$ 1,24 bilhão) e produtos de perfumaria e cosméticos (R$ 0,86 bilhão).
Por fim, São Paulo (R$ 2,15 bilhões), Rio de Janeiro (R$ 632,1 milhões) e Minas Gerais (R$ 629,3 milhões) devem responder por 56,6% do faturamento nacional. Entretanto, os maiores avanços devem vir do Paraná (+15%), Rio Grande do Sul (+14,4%), Distrito Federal (+14,3%) e Santa Catarina (+12,5%).
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