A pandemia da Covid-19 provocou a perda de milhões de empregos em todo o mundo. Diversas atividades econômicas sofreram fortes impactos com o isolamento social e as medidas restritivas de circulação de pessoas. E um dos setores mais atingidos nesse cenário foi o de turismo.
Como o novo coronavírus possui uma alta taxa de transmissibilidade, governos em todos os continentes decretaram lockdowns e incentivaram o distanciamento social. Isso provocou a queda vertiginosa do faturamento dos setores relacionados ao turismo.
De acordo com a Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa), 67% das operadoras de turismo do país registraram no primeiro semestre de 2021 um faturamento que não superou 25% do nível observado antes da pandemia. Ao mesmo tempo, apenas 11% das empresas afirmaram terem faturado o equivalente ou mais do que o período anterior à pandemia.
Na verdade, as atividades turísticas sofreram muito com a crise sanitária. Em resumo, muitos países limitaram a entrada de pessoas vindas do exterior, especialmente de locais com altas taxas de contágio. Além disso, a oferta de assentos em voos, bem como das próprias viagens, ficaram bastante limitadas. Isso sem contar no funcionamento de hotéis, pousadas, restaurantes, que se viram obrigados a reduzir a quantidade de clientes.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as atividades turísticas despencaram 36,7% em 2020, na comparação com o ano anterior. E a situação até poderia estar melhor, visto que enfrentamos a pandemia há mais de um ano. No entanto, a segunda onda da Covid-19 no país, no início deste ano, foi ainda mais devastadora que a primeira.
Empresas reportam melhora em junho
Apesar do resultado ainda pouco expressivo em 2021, há sinais de melhora, especialmente em junho. Isso porque o percentual de empresas com faturamento de até 25% do observado antes da pandemia ficou em 52%, ante 67% no semestre.
Enquanto isso, 11% das empresas afirmaram que faturaram entre 26% e 50% do que costumavam ganhar antes da crise sanitária. Da mesma forma, outros 11% sinalizaram alta do faturamento na comparação com junho de 2019, quando ainda não havia pandemia.
Por fim, 30% dos entrevistados disseram esperar que o volume médio de faturamento no primeiro semestre de 2022 seja o mesmo que o deste ano. Por outro lado, 4% afirmaram que não esperam retomar os mesmos níveis de faturamento no próximo ano.
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