Uma operação conjunta entre a Polícia Civil e a Vigilância Sanitária, realizada nesta terça-feira (13), culminou na interdição de uma farmácia na zona norte de São Paulo. De acordo com a polícia, o estabelecimento estaria vendendo, por R$ 100, uma supsota vacina para o tratamento da Covid-19.
De acordo com a Polícia Civil, durante a operação, um farmacêutico, que era o responsável pela loja, acabou sendo preso em flagrante. Além disso, ele teve o registro profissional suspenso.
Segundo a Polícia Civil, a ação deflagrada nesta terça (13) aconteceu após uma matéria do portal ”BBC News Brasil” revelar que a farmácia, chamada Drogaria Diamante, estava oferecendo tratamentos sem eficácia contra a Covid-19, ofertando, inclusive, uma vacina para “tratar” a doença.
Conforme apontou a matéria do portal, uma das pessoas atendidas, uma boliviana, de 35 anos, teria visitado a loja por vários dias seguidos para realizar o “tratamento” para Covid-19, gastando, no total, cerca de R$ 2 mil.
Alguns dias depois, ela precisou ser internada com Covid-19 e, com mais de 50% dos pulmões comprometidos, precisou ser intubada e morreu 12 dias depois. De acordo com a “BBB News Brasil”, a mulher deixou três filhos pequenos.
Medicamentos irregulares na farmácia
Em nota, a Polícia Civil revelou que, ao chegar na farmácia, encontrou uma grande quantidade de medicamentos de uso exclusivo hospitalar. Além disso, a entidade também encontrou remédios de uso controlado em desacordo com os registros exigíveis pelos órgãos sanitários, medicamentos vencidos e em condições inadequadas de armazenamento, medicamentos de venda proibida e tanques de oxigênio.
“Diante dos medicamentos localizados e outras irregularidades administrativas constatadas pelos agentes sanitários, o estabelecimento foi autuado e interditado pelos órgãos responsáveis, e os remédios apreendidos pela Polícia Civil”, informou a corporação.
Por fim, a polícia disse que o funcionário da drogaria responsável pelo atendimento de clientes é formado em Farmácia, tendo tido seu registro suspenso, e que a entidade instaurou um inquérito para averiguar o possível desvio de medicamentos hospitalares.
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