Quem necessita de medicamentos contínuos para manter a saúde em níveis estáveis pode enfrentar uma dor que nem sempre é perceptível: o impacto financeiro. Dependendo do tipo de tratamento, os remédios podem custar até centenas de reais.
No entanto, há uma esperança para esses pacientes. O governo oferece o Farmácia Popular como um auxílio. Para compreender como esse programa funciona, continue lendo este post até o final.
O que é a Farmácia Popular?
A Farmácia Popular é um programa do Governo Federal do Brasil que tem como objetivo complementar o acesso a medicamentos utilizados na Atenção Primária à Saúde (APS) por meio de parcerias com farmácias e drogarias da rede privada.
Além das Unidades Básicas de Saúde e/ou farmácias municipais, os cidadãos podem obter medicamentos gratuitos para o tratamento de diabetes, asma, hipertensão, osteoporose e anticoncepcionais (a partir de junho de 2023) nas farmácias e drogarias credenciadas ao programa.
Para algumas outras doenças, o programa oferece medicamentos de forma subsidiada, como dislipidemia, rinite, doença de Parkinson, glaucoma e fraldas geriátricas.
Nesses casos, o Ministério da Saúde paga parte do valor dos medicamentos, até 90% do valor de referência tabelado, e o cidadão paga o restante de acordo com o valor praticado pela farmácia. No total, o Farmácia Popular contempla o tratamento para 11 doenças.
Como achar uma Farmácia Popular?
Para localizar uma farmácia popular próxima a você, acesse o site do Ministério da Saúde, onde você encontrará informações sobre os endereços e telefones das unidades credenciadas no programa.
O cadastro de remédios no Farmácia Popular é simples. Basta dirigir-se a uma farmácia credenciada, apresentar sua identidade e a receita médica. A receita não precisa ser emitida por um médico do Sistema Único de Saúde (SUS). O programa também oferece outros medicamentos com preços até 90% mais baixos.
Medicamentos oferecidos
Recentemente, o programa Farmácia Popular passou por uma atualização e incluiu novos medicamentos gratuitos, além dos já disponibilizados para asma, hipertensão e diabetes. Agora, contraceptivos e remédios para osteoporose foram adicionados à lista de medicamentos oferecidos sem custo.
O programa estava praticamente parado nos últimos seis anos, mas o Governo Federal anunciou uma revitalização, prevendo um investimento de cerca de R$ 3 bilhões em 2023. Além disso, foi estabelecido que os membros de famílias beneficiárias do Bolsa Família terão acesso garantido aos remédios gratuitos.
Além dos medicamentos gratuitos, o Farmácia Popular também oferece descontos sobre o preço original de alguns remédios. Dessa forma, mesmo sem isenção completa do valor, é possível adquirir medicamentos a preços mais acessíveis.
Entre os medicamentos disponibilizados gratuitamente, estão aqueles relacionados ao tratamento de hipertensão, diabetes e asma. Já na categoria de medicamentos com desconto, são oferecidos remédios para diversas doenças, como rinite, doença de Parkinson, glaucoma, diabetes, osteoporose e contraceptivos.
A iniciativa busca tornar o acesso a medicamentos mais acessível e proporcionar um melhor cuidado de saúde para a população em geral.
Dentre os medicamentos oferecidos gratuitamente, estão:
Gratuitos para toda a população
Asma: brometo de ipratrópio (0,02 mg e 0,25 mg); dipropionato de beclometasona (50 mcg, 200 mcg e 250 mcg); sulfato de salbutamol (100 mcg e 5 mg).
Hipertensão: atenolol (25 mg); besilato de anlodipino (5 mg); captopril (25 mg); cloridrato de propranolol (40 mg); hidroclorotiazida (25 mg); losartana potássica (50 mg); maleato de enalapril (10 mg); espironolactona (25 mg); furosemida (40 mg); succinato de metoprolol (25 ml).
Lembrando que esses medicamentos estão disponíveis gratuitamente para toda a população.
Confira abaixo a lista de medicamentos disponíveis no programa Farmácia Popular, com coparticipação e gratuitos para beneficiários do Bolsa Família:
Medicamentos com coparticipação:
Anticoncepcionais: acetato de medroxiprogesterona (150 mg); etinilestradiol (0,03 mg) + levonorgestrel (0,15 mg); noretisterona (0,35 mg); valerato de estradiol (5 mg) + enantato de noretisterona (50 mg).
Dislipidemia (colesterol alto): sinvastatina (10 mg, 20 mg e 40 mg).
Doença de Parkinson: carbidopa (25 mg) + levodopa (250 mg); cloridrato de benserazida (25 mg) + levodopa (100 mg).
Glaucoma: maleato de timolol (2,5 mg e 5 mg).
Incontinência: fralda geriátrica.
Osteoporose: alendronato de sódio (70 mg).
Rinite: budesonida (32 mg e 50 mg); dipropionato de beclometasona (50 mcg/dose).
Diabetes tipo 2 + doença cardiovascular (> 65 anos): dapagliflozina (10 mg).
Lembrando que os medicamentos com coparticipação exigem o pagamento de uma taxa pelos usuários, enquanto os medicamentos gratuitos são disponibilizados aos beneficiários do Bolsa Família sem custos adicionais.