O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, inaugurou no Mercado Municipal de São Miguel Paulista, na Zona Leste, nesta terça-feira (30), o primeiro Armazém Solidário da capital, um mercado que vende alimentos com valores até 50% menores do que os praticados no comércio em geral.
A saber, a iniciativa é voltada para as pessoas em situação de vulnerabilidade social registradas no Cadastro Único.
Cabe mencionar que essa unidade tem capacidade para atender até mil pessoas por dia.
Quem já aproveitou a inauguração para utilizar o serviço aprovou, como a cabelereira Nadia Souza da Costa, 37 anos.
“Acho que é muito bom para a população de baixa renda. Eu, que sou mãe de 3 filhos, acho que ajuda muito. Hoje vou comprar arroz, feijão, produto de limpeza”, disse.
A dona de casa Olga Santos da Silva, 46 anos, também elogiou.
“No mercado está um absurdo, e isso aqui foi uma boa ideia, esse projeto vai ajudar muita gente, espero que vá para várias regiões”, afirmou.
O Mercado Municipal de São Miguel Paulista fica na Avenida Marechal Tito, 567, funciona das 9 às 18 horas e conta ainda com 75 permissionários, que vendem frutas, verduras, carnes, laticínios, utilidades domésticas, entre outros produtos.
Alimentos mais baratos
No Armazém Solidário, um quilo de batata sai por R$ 3,99, enquanto que no mercado comum custa em média R$ 12,99. Esse é um dos exemplos de quanto os produtos são mais em conta para a população que mais necessita.
“Nossa ideia aqui não é concorrer com os mercados, que geram emprego e renda, mas poder ofertar alimento mais barato para as pessoas mais vulneráveis, para quem está no CadÚnico”, disse o prefeito Ricardo Nunes ao inaugurar o mercado.
O prefeito apontou outros produtos com preço muito menor no armazém na comparação com os mercados comuns – feijão: R$ 6,99 / R$ 9,39; café: R$ 9,80 / R$ 15,19; arroz Camil: R$ 21,90 / R$ 32.
Ampliação da iniciativa
A Prefeitura vai entregar mais sete unidades do Armazém Solidário para ampliar o atendimento a quem mais precisa, nos sacolões Cidade Tiradentes, São Miguel, Freguesia do Ó e no Mercado Municipal de Guaianases, na Zona Leste; e nos sacolões Jaraguá, City Jaraguá e Estrada do Sabão, na Zona Norte.
“Eu queria dar o exemplo concreto do que é o armazém solidário: são alimentos, produtos de limpeza, produtos de higiene para as pessoas adquirirem com preço bem menor. Aí varia, 10%, 30%, 50%”, explicou o prefeito.
O Armazém Solidário é mais um programa da Prefeitura de São Paulo no combate à insegurança alimentar na cidade e incentiva hábitos mais saudáveis com a oferta de alimentos naturais, orgânicos e minimamente processados, a preço de custo e até mesmo subsidiado, caso o preço de custo supere o de produtos convencionais. Não há venda de ultraprocessados, refrigerantes e bebidas alcóolicas.
Investimento em políticas sociais
A secretária municipal de Direitos Humanos e Cidadania, Soninha Francine, ressaltou a importância da iniciativa do poder público para atender às pessoas mais afetadas pela pandemia da Covid-19.
“A gente ainda está vivendo os efeitos da pandemia, o pós-pandemia e o pós-guerra da nossa geração, diversas coisas pararam, foram adiadas, canceladas e algumas coisas até pioraram durante esse período, a fome aumentou. Mas, ao mesmo tempo que muita coisa se retraiu, o investimento da Prefeitura em políticas sociais aumentou muito desde 2020”, afirmou Soninha.
Ainda mais, a secretária detalhou o que tem sido investido nas áreas de direitos humanos, de segurança alimentar e assistência social.
“É incomparável… no ano passado, o Ministério de Direitos Humanos, um órgão com atuação em todo o Brasil, gastou 265 milhões de reais, o Ministério das Mulheres, que é um órgão separado, gastou 41 milhões. Juntando dois ministérios não dá 500 milhões, e aqui em São Paulo, na Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania, sozinha, a o prefeito Ricardo Nunes investiu 470 milhões de reais o ano passado”, ressaltou a secretária.
Garantia de alimentos
O programa Armazém Solidário é financiado pelo Fundo de Abastecimento Alimentar de São Paulo (FAASP).
Para a adequação do espaço no Mercado Municipal de São Miguel Paulista foram investidos quase R$ 500 mil e a organização social Instituto Nacional de Tecnologia, Educação, Cultura e Saúde (INTECS), responsável pela gestão do Armazém, receberá repasse mensal de R$ 2,3 milhões. O valor da aquisição dos produtos pela população retornará para o FAASP.
“O conceito é que as pessoas possam comprar o que querem e mais, que possam escolher, ter a dignidade da escolha”, ressaltou o secretário executivo de Segurança Alimentar, Carlos Fernandes.
“Combater a fome dos que mais precisam, esse é o conceito do armazém, essa foi a tarefa que o prefeito Ricardo Nunes me deu”, acrescentou.
Fonte: Assessoria de Comunicação da Prefeitura de São Paulo