As famílias dos três meninos desaparecidos em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro, ainda acreditam que os garotos podem estar vivos. A informação foi dada pela defensora pública Gislaine Kepe, do núcleo de direitos humanos da Defensoria Pública do Rio de Janeiro, em entrevista à “Rede Globo”, nesta sexta-feira (30).
A declaração acontece no mesmo dia em que a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), assim como publicou o Brasil123, encontrou uma ossada enquanto fazia buscas em uma área próxima a uma ponte em Belford Roxo.
O local em questão foi apontado por uma testemunha, que afirmou que seu irmão teria deixado sacos com corpos de três meninos desaparecidos no município na local. Segundo a defensora, os parentes dos jovens não quiseram acompanhar os trabalhos de busca no lugar onde o homem teria deixado os corpos.
“As famílias não quiseram acompanhar porque elas estão resistentes a acreditar que essa possa ser a finalização das investigações. Elas ainda acreditam, assim como nós, da Defensoria e da OAB, que as crianças ainda possam estar vivas”, afirmou Gislaine Kepe.
Ainda conforme a defensora, o trabalho de perícia feito no material que foi encontrado nesta sexta-feira pode auxiliar a Polícia Civil a encontrar novas pistas sobre o caso. Nesse sentido, Gislaine diz crer que buscas, no mesmo ou em outros locais, devam acontecer nas próximas semanas.
“Acreditamos que a partir da perícia que vai ser feita com o que foi encontrado, é possível inclusive fazer novas buscas no local. Até mesmo em outros pontos do rio também. Já tem sete meses, então, outras buscas não só naquele local do rio, mas também em outro curso até a baia”, comentou Kepe.
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