Ao longo dos últimos dias, o Brasil123 tem relatado a triste história da gerente administrativa Antonieli Nunes Martins, de 32 anos, que foi morta pelo técnico em informática Gabriel Henrique Masioli, de 28 anos, que é casado e estava se relacionando com a vítima, mas não queria assumir o bebê que ela estava esperando.
De acordo com a família da vítima, que vive em Pimenta Bueno, Rondônia, onde o crime aconteceu, ninguém sabia da gestação da mulher, que morreu depois de receber um golpe de “mata-leão” e uma facada no pescoço, segundo o próprio acusado.
Em entrevista ao portal “UOL” nesta terça-feira (08), Lucas Nunes, que é primo de Antonieli, relatou que ninguém da família sabia que a vítima estava grávida. “Sobre a gestação, ninguém sabia. E isso revolta ainda mais porque é muito difícil entender como alguém mata o próprio filho e a mãe da criança”, relatou.
Mata-leão para matar Antonieli
Em depoimento, Gabriel contou que matou a amante no dia 01 de fevereiro, um dia depois de Antonieli preparar uma surpresa para ele: a mulher colocou o teste positivo dentro de uma caixa de presentes com uma roupa de bebê e revelou a gestação, dizendo que não iria esconder de ninguém quem era o pai da criança.
Na hora da morte, a vítima e o acusado estavam juntos de “conchinha”. Na ocasião, o homem aplicou um golpe “mata-leão” na mulher. Como ela ainda estava agonizando, ele resolveu ir até à cozinha para pegar uma faca. Ao voltar, ele usou o objeto para atingir o pescoço de Antonieli, que acabou morrendo.
Segundo a Polícia Civil, a gravidez da vítima foi confirmada a partir de um segundo exame, visto que o primeiro foi jogado em um rio por Gabriel, logo após o crime – a polícia conta que, depois de ter matado a amante, o rapaz foi até uma lanchonete e, depois disso, para uma igreja.
Pessoas sabiam da relação
De acordo com o primo da vítima, a gravidez era segredo, mas não o relacionamento dos dois. Isso porque, apesar de manter nas redes sociais que era casado, o acusado afirmava para a família da vítima que estava em processo de separação com sua mulher.
“A família sabia do relacionamento, o pessoal da empresa, a mãe dela e até gente da família dele. O Gabriel chegou a dizer que estava separando, mas não sabemos se era verdade mesmo”, disse o primo de Antonieli, que finaliza dizendo que a vítima era “alegre, simples e humilde”.
Acusado preso
Hoje, Gabriel se encontra preso preventivamente. Na decisão que sacramentou que o acusado permaneceria na cadeia, a juíza Roberta Cristina Macedo considerou que o “feminicídio é cometido com desdém e menosprezo à vida da mulher”, mas ressaltou que o caso da vítima é ainda mais grave.
“No caso aqui tratado a gravidade é ainda maior, eis que se verifica – pela leitura do interrogatório do infrator – que a vítima foi morta no momento em que se aconchegava nos braços do infrator, pessoa que deveria protegê-la e querer bem”, disse ela em sua decisão.
Leia também: Justiça liberta jovem negro preso após comprar pão no Rio