Os estudantes brasileiros vêm sofrendo nos últimos anos devido aos impactos provocados pela pandemia da Covid-19. Isso porque a crise sanitária fez diversas escolas fecharem parcial ou totalmente, afetando os estudos dos alunos. E o resultado é bastante crítico para os jovens estudantes do país.
De acordo com um relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI), os ganhos médios de alunos brasileiros serão 9,1% menores ao longo da vida. A saber, as projeções tiveram como base informações da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Unesco.
O fechamento das escolas durante os períodos mais críticos da pandemia não afetaram apenas os estudantes do Brasil. Contudo, a taxa brasileira é uma das maiores, atrás apenas das estimativas para o México (-9,9%) e a Indonésia (-9,7%).
“A pandemia desencadeou uma grave interrupção na educação, com um impacto desproporcional entre os mercados emergentes e as economias em desenvolvimento e entre as crianças mais pobres”, disse o relatório do FMI.
Economias emergentes sofrem mais
O levantamento do FMI também destacou que as economias emergentes, como o Brasil, deverão sofrer mais com os impactos da pandemia. Por exemplo, entre as economias consideradas avançadas pelo FMI, a Coreia do Sul teve o pior resultado, com os alunos ganhando 7% menos durante a vida. Seja como for, o quadro ainda é menos crítico que o do Brasil.
“As interrupções na escolaridade foram desiguais no G-20, com uma extensão maior de fechamentos em economias emergentes e em muitas economias onde os resultados educacionais eram mais fracos já antes da pandemia“, explicou o FMI.
“Essas economias não apenas tiveram fechamentos mais longos, mas medidas de mitigação, como o aprendizado remoto, também foram mais difíceis de implementar devido à infraestrutura mais fraca”, acrescentou o relatório.
Leia Também: Nota rara de R$ 5 pode valer até R$ 2 mil; saiba qual é o modelo