Neste domingo, dia 19 de junho, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Edson Fachin, fez novamente o convite às Forças Armadas para uma reunião virtual da comissão de transparência eleitoral. Além dos militares, a reunião contará com a presença de várias instituições. A reunião começará amanhã, a partir das 15h.
O convite foi uma resposta ao ministro Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, ministro da Defesa, que havia pedido um encontro entre as equipes técnicas das Forças Armadas para discutir as propostas dos militares sobre o sistema eleitoral. O general afirmou, no último dia 10, que as Forças Armadas “não se sentem prestigiadas” por suas sugestões.
Fachin e o Ministro da Defesa
A relação entre Fachin e o ministro da Defesa vinha um pouco conturbada. O ministro vem pedindo uma reunião técnica para discutir um conjunto de sete propostas que os militares elaboraram sobre os rumos do processo eleitoral.
Nesse sentido, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Edson Fachin, não chegou a falar sobre o pedido de uma reunião mais específica, mas disse “certo de contar com a presença” do general. Heber Garcia Portella, que representa o setor dos militares dentro da comissão, no encontro virtual que acontecerá no próximo dia 20 de junho.
Sobre as sugestões dos militares, Fachin afirmou que foi acolhida “a grande maioria dos pedidos” das sugestões feitas à comissão de transparência, e que outras propostas poderão ser implementadas num futuro próximo. “Apesar de algumas sugestões não terem sido acolhidas para esse ciclo eleitoral, serão consideradas para uma nova análise objetivando os próximos pleitos”, escreveu o ministro.
A relação entre TSE e Jair Bolsonaro
O mês de junho tem sido conturbado perante a relação entre Edson Fachin, outros ministros do Tribunal Superior Eleitoral e o então presidente Jair Bolsonaro, do PL. Com a aproximação das eleições, Jair Bolsonaro coloca em pauta, mais uma vez, as urnas eletrônicas sob suspensão e fala da apuração dos votos que ocorria em uma “sala secreta”.
Em seguida, o alvo do presidente Jair Bolsonaro foi Fachin, que é o atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral. Além disso, Bolsonaro, o ministro deveria ser impedido de comandar o órgão por, supostamente, ter “garantido a liberdade” do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Na verdade, o então presidente do TSE, Edson Fachin, anulou todas as condenações do petista pela Justiça Federal no Paraná e remeteu os casos para o Distrito Federal. Com isso, Lula garantiu seus direitos políticos e voltou a ser elegível.